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Vanderlan Cardoso (PSB) está “crente” que Iris Rezende será candidato a prefeito de Goiânia. Quer dizer: será seu concorrente na disputa de 2016. Já Iris Rezende não acredita que Vanderlan Cardoso terá coragem de enfrentá-lo em Goiânia.

Marcelo Miranda assumirá Estado com déficit, deixado pela gestão atual, e com sérias dificuldades de se desenvolver
[caption id="attachment_18807" align="alignleft" width="620"] Foto: Marcio Vieira / Governo de Sandoval Cardoso (SD) se prepara para dar deixar o Estado com um déficit orçamentário...[/caption]
Gilson Cavalcante
O governo estadual vai deixar uma fatura pesada para o próximo governo, principalmente nas áreas da Saúde e da Educação. No entanto, o que mais chama a atenção, devido à irresponsabilidade administrativa, de acordo com dados levantados, é que o atual governo deixou de aplicar os 25% das receitas do Estado no setor educacional, como determina a Constituição Federal. De janeiro a setembro deste ano, por exemplo, foram aplicados somente 19,6%.
Segundo analistas, não é difícil chegar a tal dedução: nos oito primeiros meses do ano, o governo repassou para a Secretaria da Educação o montante de R$ 742 milhões, dos quais R$ 601 milhões foram gastos com pessoal e aplicou apenas R$ 20 milhões em investimentos. Isso significa que não foram investidos nem 20% do que manda a lei.
No elenco de irresponsabilidades praticadas pelo governo que começa a limpar as gavetas para entregar o cargo para Marcelo Miranda (PMDB), a partir de 1º de janeiro de 2015, está o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no que se refere à folha de pagamento dos servidores púbicos. Um exemplo do descuido: em 2013, com os gastos com despesas de pessoal e encargos, foram gastos mais de 51,5% da Receita Corrente Líquida, quando o limite é de 49%. No mês de agosto deste ano, os gastos com folha de pagamento de funcionários foi por volta de 58%; em maio, 69%; em junho, 72%; e em julho na ordem de 53%.
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Foto: Fernando Leite/Jornal Opção / ... e, por consequência, Marcelo Miranda precisará lidar com sérios problemas no primeiro ano de governo[/caption]
Caso pensado ou imprudência?
Só para relembrar: logo que perdeu as eleições, o governador Sandoval Cardoso (SD) baixou o famoso decreto cancelando empenhos não liquidados até 10 de outubro, cujo pagamento não depende da boa vontade de um Comitê Gestor criado para esse fim. Tem gente comentando que a decisão cheira a calote no valor de mais de R$ 1 bilhão.
E os números não param por aí. Em 2010, os repasses do governo federal referentes ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) para o Tocantins alcançaram a cifra de R$ 2,117 bilhões e o previsto até o final do ano é de R$ 3, 435 bilhões, um crescimento, portanto, do FPE de mais de R$ 1,318 bilhão em quatro anos.
Dados divulgados por um jornal diário constaram que de 2003 a 2013, os investimentos do governo no Estado caíram de 35,47% para 9,72%, enquanto os gastos com servidores cresceram 388% no mesmo período.
Gastos além do arrecadado
O descontrole do governo ficou comprovado, agora, mais uma vez, quando o chefe do Executivo encaminhou recentemente à Assembleia Legislativa a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2015. Reconheceu, pelos números apresentados, que o Estado gastou mais do que arrecadou em 2013.
Pelos cálculos apresentados, o resultado primário do Estado no ano passado apresentou um déficit de mais de R$ 550 mil.
O governador Sandoval justificou que o que contribuiu para essa negatividade foi o cenário da economia brasileira apresentado em 2013 e das medidas sucessivas de renúncias fiscais promovidas pelo governo federal, o que, no seu entendimento, fizeram com que a execução orçamentária de 2013 fosse atingida por fatores impactantes, afetando o cumprimento das receitas previstas.
Esse resultado primário corresponde a 3,71% negativo do PIB estadual. Cuja previsão é de R$ 14.836 milhões.
O equilíbrio entre a receita e a despesa, segundo o governo, “continua como pilar fundamental para a manutenção de um regime fiscal responsável e para garantia de um processo de melhoria contínua da administração pública”.
A LDO tramita na Comissão de Finanças, Tributação, Fiscalização e Controle.
Toinho Andrade se movimenta para tentar a presidência da Assembleia
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Deputado eleito pela 3ª via diz que será um parceiro do novo governador
Com três mandatos como vereador na capital e indo para o quarto de deputado estadual, Eli Borges, egresso do PMDB e reeleito pelo Pros, se define como um anti-siqueirista convicto e, por isso mesmo, já anunciou que vai acompanhar o governador eleito Marcelo Miranda (PMDB), mas com uma visão crítica no que tange à discussão dos projetos que considerar de vital importância para o desenvolvimento do Estado e da democracia. O parlamentar evangélico foi um dos mais bem votados candidatos em Palmas, numa coligação muito pouco expressiva eleitoralmente. Ele avalia que o pleito deste ano foi o mais difícil de todos, principalmente para quem estava em desvantagem financeira. “Ficou constatado que o Tocantins não evoluiu na politização, na consciência cidadã do voto, com algumas exceções. Outra coisa: lideranças políticas do Estado e alguns vereadores participaram do grande leilão de lideranças, no mês de junho, a famosa e tradicional compra de votos”, desabafou, lembrando que perdeu dezenas de apoios de vereadores nessas eleições. Em sua análise, boa parte do eleitor tocantinense ainda sobrevive da negociação do voto e, segundo ele, muitos políticos continuam alimentando essa prática retrógrada. “Parte da justiça eleitoral se preocupa com algum detalhe político das eleições, quando deveria realizar um trabalho muito forte no sentido de coibir esses leilões de lideranças em época de eleições e moralizar a institucionalização da compra de votos, que são as famosas bocas de urna, feito agora de forma diferente, mediante um contrato na reta final da campanha eleitoral”, condena. A expressiva votação que obteve em Palmas não empolga o deputado a pleitear a disputa pela prefeitura da capital, em 2016. “Não tenho disposição para isso, até porque a minha preocupação é de que o poderio econômico acaba fazendo a diferença e se torna muito forte depois do resultado das eleições”, pondera. Eli Borges obteve mais votos do que a deputada derrotada Solange Duailibi (SD), esposa do ex-prefeito Raul Filho (PT), a candidata do prefeito Carlos Amastha (PP), vereador Negreiros (PP), e Eduardo Siqueira Campos (PTB). Sobre a disputa pela presidência da Assembleia Legislativa, Eli Borges disse que já foi procurado por alguns colegas na intenção de concorrer (não citou nomes), mas adiantou que preferiu não fazer nenhum compromisso, pelo menos daqui até dezembro. “Vamos aguardar os fatos, a composição do governo, a plataforma individualizada que cada um dos deputados que tem a pretensão de se candidatar a presidente da Casa”, tergiversou. O parlamentar ressaltou, no entanto, que se o processo permitir que ele possa surgir como um candidato de consenso não fugirá da raia. E observa que, numa eventual disputa em que desse o empate, ele teria vantagem, porque é o deputado mais velho do parlamento e, com isso, sairia privilegiado. “Mas isso não significa que serei candidato”, ressalva.O empresário Júnior Friboi, que está processando Iris Rezende — com sua costumeira falta de habilidade para apresentar provas, o peemedebista-chefe, na hora agá, vai clamar por acordo —, não apenas decidiu votar no governador Marconi Perillo. Ele pediu votos para o tucano-chefe.
Iris Rezende persiste chateado com o deputado Ronaldo Caiado, do DEM, e com o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT. Ronaldo Caiado não conseguiu atrair Vanderlan Cardoso para sua campanha, no segundo turno. Porém, ao contrário do que dizem alguns peemedebistas, não procede que Ronaldo Caiado tenha garantido que conquistaria o apoio de Vanderlan Cardoso para Iris Rezende. Mas é verdadeiro que ele tentou atrair, sem sucesso, o empresário para a campanha do peemedebista. Paulo Garcia teria prometido que daria pelo menos 60 mil votos para Iris Araújo em Goiânia. Mas a deputada federal obteve apenas 66 mil votos... em todo o Estado. Mas, afinal, de quem Iris Rezende não está reclamando?
Um marqueteiro teria sugerido pôr o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, no programa eleitoral de Iris Rezende. Um irista, dos mais íntimos do peemedebista-chefe, praticamente gritou, irritado: “Quer derrotar Iris inclusive em Goiânia?!”
Na semana passada, jornalistas procuravam uma viv’alma no interior que estivesse trabalhando na campanha de Iris Rezende. Foi praticamente impossível. Havia a reclamação geral de que os peemedebistas de proa não passavam mais recursos financeiros e material de campanha para os articuladores da maioria das cidades.
Iris Rezende e Iris Araújo pretendem, um dia, se tiverem tempo, vingar-se dos prefeitos de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, e de Jataí, Humberto Machado, ambos do PMDB. Os irisaraujistas sustentam que, disfarçadamente, Maguito Vilela e Humberto Machado trabalharam para o tucano Marconi Perillo. No caso de Maguito Vilela, talvez seja injusto. Mas o prefeito de Jataí não esconde que, entre Iris Rezende e o tucano-chefe, fica mesmo com o segundo.
O prefeito de Anápolis, João Gomes (PT), disse a um aliado que votaria em Marconi Perillo para governador. Já Antônio Gomide (PT), mesmo a contragosto, optou por Iris Rezende. Iristas contrapõem e dizem que Antônio Gomide, “mais uma vez, traiu Iris Rezende”. Eles garantem que o ex-prefeito não pediu votos para o peemedebista em Anápolis e em qualquer outro lugar.
Petistas goianos estão profundamente irritados com Iris Rezende. Eles alegam que o peemedebista não moveu uma palha em favor da presidente Dilma Rousseff. Um petista talvez tenha a interpretação mais precisa: “Ainda bem que Iris Rezende não pediu votos para Dilma Rousseff. Como é que um candidato que não consegue votos nem para si vai transferir votos para a presidente?”
Os irisaraujistas acreditam que Maguito Vilela pôs seu filho Daniel Vilela na disputa para deputado federal com o objetivo de derrotar e, mesmo, desmoralizar Iris Araújo. Na verdade, não é bem assim. Iris Araújo perdeu a eleição para deputada federal por agir de maneira arrogante com a base do PMDB.

Geraldo Lima Especial para o Jornal Opção Morar próximo à natureza tem seu preço. É romântico e saudável, mas tem seu preço.Normalmente esse “morar próximo” significa invadir o habitat natural de algumas espécies de animais. Somos nós, seres humanos, os invasores em todos os casos. Por mais que tenhamos boas intenções e ideias preservacionistas, ainda assim somos invasores. A natureza dispensa nossa presença. Ela basta a si mesma. E, quanto for preciso, ela vai nos cobrar por esse espaço que lhe foi subtraído. Agora mesmo, mal começou o mês de outubro, trazendo as primeiras chuvas, eis que uma horda de besouros “Onthophagus taurus” da ordem Coleoptera, conhecido vulgarmente como “besouro rola-bosta”, procura a todo custo invadir a nossa residência. Buscam, ansiosos e persistentes, gretas nas portas e janelas que lhes permitam ganhar o interior da casa. Vêm atraídos pela luz. O gesto é fanático e suicida. Amanhã estarão todos mortos, geralmente de pernas pro ar, numa demonstração trágica do quanto lutaram pela vida na frieza da cerâmica. Embora saibamos que esses insetos não representam nenhum perigo à nossa saúde, nos sentimos incomodados com sua presença — eles, como kamikazes, chocam-se contra a parede, estatelam-se no chão, giram ruidosos em volta da lâmpada, tiram a nossa concentração, obrigam-nos a ficar de portas e janelas cerradas, e, vez ou outra, ouvimos o estalar de um deles sob a sola dos nossos calçados. Minha esposa, por pouco, não juntou um desses bichinhos frenéticos ao cozido de carne e batata. Para outros povos isso seria só um ingrediente a mais, mas não é o nosso caso. Disse que nos sentimos incomodados com a presença desses insetos. Para eles, com certeza, a recíproca é verdadeira. Aqui estamos nós, na divisa com uma reserva ambiental, trazendo incômodo e sedução fatal para esses pequenos seres em busca de acasalamento. Esse é o momento em que as larvas saem da terra, já como besouros, para se reproduzirem. Poucos indivíduos da espécie alcançarão, no entanto, o seu objetivo. Dizem as pesquisas que setenta por cento deles morrem, ficando a cargo dos trinta por cento que sobrevivem a responsabilidade da procriação e preservação da espécie. Sabendo disso, tento fazer a minha parte para ajudá-los: procuro sempre devolver os invasores à escuridão da noite, onde a luz artificial não funcione como armadilha. Sei que o gesto é meio inútil, alguns já nem têm mais forças para voar. Jogo fora, na verdade, seres sem vida. Como não posso ir dormir assim, cercado de cadáveres, procuro alívio para minha consciência na teoria darwinista da “seleção natural das espécies”, dando-me conta de que a natureza acha, assim, seu modo de se manter em equilíbrio. Geraldo Lima é escritor, dramaturgo e roteirista.
Há uma crença generalizada, em setores do petismo, que o prefeito Paulo Garcia vai trabalhar, em tempo integral, para formatar a seguinte chapa para a Prefeitura de Goiânia em 2016: Iris Rezende (PMDB) para prefeito e Adriana Accorsi (PT) para vice-prefeita. Os críticos do peemedebismo no petismo avaliam que uma chapa Iris Rezende-Adriana Accorsi seria alta traição contra o PT. Uma verdadeira “operação cavalo de Troia”. Petistas mais articulados acreditam que o PT deve se afastar logo de Iris Rezende, que chamam de “caixão e vela preta”.
Comenta-se, nos bastidores, que a deputada estadual eleita Adriana Accorsi estaria se aproximando da tendência PT Pra Vencer, liderada em Goiás pelo deputado federal Rubens Otoni.
Nos bastidores, Adriana Accorsi estaria dizendo que foi pouco ajudada pelo prefeito Paulo Garcia na campanha. Ela teria sido eleita muito mais devido ao seu trabalho como delegada de polícia. É provável que a delegada-deputada eleita esteja certa. Certíssima. Na campanha deste ano, Paulo Garcia mais atrapalhou do que ajudou. O candidato dele a deputado estadual, Paulo de Tarso, obteve uma votação pífia.
Iris Rezende e Iris Araújo pretendem, um dia, se tiverem tempo, vingar-se dos prefeitos de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, e de Jataí, Humberto Machado, ambos do PMDB. Os irisaraujistas sustentam que, disfarçadamente, Maguito Vilela e Humberto Machado trabalharam para o tucano Marconi Perillo. No caso de Maguito Vilela, talvez seja injusto. Mas o prefeito de Jataí não esconde que, entre Iris Rezende e o tucano-chefe, fica mesmo com o segundo.