Conheça o trap gospel, estilo musical que tem conquistado igrejas

As religiões cristãs denominadas evangélicas experimentaram um aumento notável no Brasil nos últimos anos, conforme indicado por pesquisas, como a do Datafolha em 2020, que revelou que 31% da população se identificava como evangélica. Mas uma transformação recente está em andamento nesse cenário, com gêneros antes considerados “mundanos” agora incorporando elementos religiosos. Dessa evolução, surgem subgêneros como o sertanejo gospel, funk gospel e até mesmo o trap gospel.

Em conjunto com os católicos, o total de cristãos no país atingiu 86,8%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esses números evidenciam uma oportunidade significativa no mercado fonográfico gospel. Não surpreendentemente, surgiram fenômenos notáveis nesse setor nos últimos anos, incluindo figuras como André Valadão e Aline Barros.

Artistas consolidados no cenário musical secular estão direcionando seus projetos para a esfera religiosa. Por exemplo, Luciano, da dupla Zezé di Camargo, lançou um show solo composto por hinos gospel. A cantora sertaneja Ana Castela alcançou destaque nas plataformas de streaming com a canção “Agradeço”, enquanto a funkeira Tati Zaqui fez a transição para o gospel em 2023. Até mesmo o trap, subgênero do rap que tradicionalmente aborda temas menos alinhados com a fé, conta com representantes notáveis, como Nesk Only.

Nesk Only, que cresceu em um ambiente cristão com seu avô sendo pastor, iniciou sua carreira como muitos artistas, participando de grupos de louvor dentro da igreja. Para ele, qualquer estilo musical pode ser transformado em “gospel”, desde que haja a presença da religiosidade. Embora o trap, conhecido por abordar temas como ostentação, drogas, sexo e bebidas, possa inicialmente causar estranheza como trap gospel, Nesk acredita que isso representa uma nova maneira de expressar a fé.

Com informações do Metrópoles.

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