Os países da América Latina reagiram de maneira distinta, seja com receio ou esperança, após a eleição de Donald Trump na quarta-feira, 6. Por exemplo, os cubanos estão pessimistas com as políticas do republicano, principalmente a respeito da imigração. Por outro lado, os argentinos veem a possibilidade de estreitar laços com os Estados Unidos.

Segundo a agência de notícias Reuters, os cubanos temem que as políticas anti-imigração de Trump possam prejudicar a situação dos familiares e compatriotas nos EUA. Lembrando que há milhares de imigrantes de Cuba no país e inúmeros são ilegais. Outro ponto temido é a influência de Trump na própria economia cubana.

Por outro lado, a Argentina espera que a boa relação entre Trump e o presidente Javier Milei possa render uma parceria importante. A esperança é de que com o estreitamento de laços com os americanos permita que a situação reflita na economia. Talvez a nação seja o país latino que mais comemorou a vitória do republicano.

Para o Brasil, ainda não há certezas sobre como será a relação entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Crítico do americano, Lula o parabenizou após a vitórias nas eleições, mas a relação não deve passar de protocolar, segundo Tanguy Baghdadi, professor de relações internacionais, entrevistado pelo portal G1.

Por outro lado, ainda é necessário destacar que próximo chefe de Estado dos EUA é aliado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Por isso, a expectativa é de que as relações não avancem além do respeito protocolar.

Leia também:

Trump volta mais poderoso com Congresso e Judiciário mais favoráveis; entenda o contexto político americano

Trump é eleito presidente dos Estados Unidos