Morre aos 91 anos o cineasta francês Jean-Luc Godard
13 setembro 2022 às 09h39
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Morreu nesta terça-feira, 13, o cineasta francês Jean-Luc Godard. Aos 91 anos, “Jean-Luc Godard morreu pacificamente em casa, cercado por entes queridos”, informou um comunicado enviado à imprensa francesa pela mulher do diretor, Anne-Marie Mieville.
Godard foi um dos fundadores do movimento Nouvelle Vague, um dos mais importantes do cinema mundial. Criado na França ao fim da década de 50, o movimento ajudou a criar novos paradigmas de estética em produções cinematográficas da França e de todo o mundo, por meio de cortes bruscos, câmera em mãos e diálogos existenciais, dentre outros.
O presidente francês, Emmanuel Macron, manifestou-se sobre a morte do cineasta, classificado como “gênio” e “iconoclasta”.
Na cultura Brasileira, influências de Godard ficaram registradas em composições musicais, como na menção feita por Renato Russo, do Legião Urbana, na letra de “Eduardo e Mônica”: “O Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Mônica queria ver um filme do Godard”, diz a música.
Vida
Nascido em Paris, em 1930, Jean-Luc Godard era de família franco-suíça, filho de médico e neto de um dos fundadores do banco francês Paribas. Sua carreira no cinema teve início como crítico e, daí, transformou-se para a produção de filmes e documentários experimentais. Ao longo da carreira, Godard foi premiado com vários Ursos em Berlim e Leões em Veneza, além de homenagens pelo conjunto de sua obra em premiações como César, Oscar e Cannes.
Entre suas obras de destaque estão “Acossado” (1960) e “O desprezo” (1963), estrelado por Brigitte Bardot, além de títulos importantes como “Viver a Vida” (1962), “Alphaville” e “O Demônio das Onze Horas”, ambos de 1965, “Week-End à Francesa” (1967), “Carmen” (1983), “Eu Vos Saúdo Maria” (1985) e “Adeus à Linguagem” (2014).