Israel teria intensificado as suas operações Líbano com um ataque sofisticado contra os membros do grupo terrorista Hezbollah. Em manobra ousada, os israelenses teriam causado uma série de explosões em dispositivos de comunicação da facção. Até o momento, cerca de 37 pessoas morreram e mais de 3,5 mil ficaram feridos com a ação.

No momento, os israelenses negam o envolvimento no ataque, mas especialistas apontam que essa ação coordenada pela Mossa, serviço de inteligência do país. Diversos veículos e agências de notícias apontam que Israel sabotou pagers e walkie-talkies que seriam enviados para o Hezbollah com explosivos. Posteriormente, eles acionaram o ataque com sinais sonoros e mensagens enganosas para ativar o material escondido nos aparelhos.

Segundo fontes dos serviços secretos, os dispositivos eletrônicos haviam sido enviados ao Líbano após a decisão do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, de proibir o uso de telefones celulares em reuniões, temendo que fossem rastreados.

Uma das empresas envolvidas era a B.A.C. Consulting, supostamente sediada na Hungria, que produzia os pagers. Mais de 5 mil aparelhos foram produzidos com preenchimento de explosivos PETN. Anteriormente, fontes de segurança libanesas apontavam que os pagers era da empresa Gold Apollo, com sede em Taiwan, mas companhia desmentiu.

Segundo a agência Reuters, o plano de Israel estava sendo elaborado há meses.

Israel já havia realizado operações anteriores visando desmantelar o programa nuclear do Irã e eliminar líderes de alto escalão do Hezbollah. As operações também contavam com a colaboração da Unidade 8200, uma divisão de elite da inteligência militar israelense focada em guerra cibernética e vigilância. Eles também estariam envolvidos com o planejamento das ações realizadas nesta semana.