As eleições presidenciais no Equador terão um segundo turno em 13 de abril, após uma disputa acirrada no primeiro turno realizado neste domingo, 9. O atual presidente, Daniel Noboa, que era o favorito, enfrentará Luisa González, candidata da esquerda e aliada do ex-presidente Rafael Correa.

A apuração dos votos revelou um cenário mais equilibrado do que previam as pesquisas. Com 88% das urnas contabilizadas, Noboa liderava com 44,3% dos votos válidos, enquanto González vinha logo atrás, com 43,8% — uma diferença de menos de 50 mil votos. Outros 14 candidatos participaram da disputa, mas não obtiveram votos suficientes para avançar.

Campanha acirrada e cenário político

O resultado foi considerado um avanço para a esquerda equatoriana, já que as projeções indicavam uma vantagem maior para Noboa. Para Maria Cristina Bayas, professora da Universidade das Américas, em Quito, a proximidade dos candidatos demonstra a força do partido correísta na oposição ao atual governo.

Noboa, de 37 anos, assumiu a presidência em outubro de 2023 após vencer eleições antecipadas marcadas por uma crise política e episódios de violência. Ele votou logo pela manhã na cidade de Olon, cercado por forte esquema de segurança. González, que também votou pela manhã em Canuto, seguiu o mesmo protocolo, refletindo o clima tenso que envolve a disputa.

Crise e desafios para o futuro governo

Os equatorianos esperam que o próximo presidente consiga estabilizar um país mergulhado em uma crise econômica, com alta violência ligada ao narcotráfico e profunda divisão política.

A disputa entre Noboa e González representa dois caminhos opostos: de um lado, a continuidade do atual governo, e, de outro, a possível volta de políticas associadas ao ex-presidente Rafael Correa.

O segundo turno promete ser uma das eleições mais disputadas da história recente do Equador, com uma diferença mínima entre os candidatos e um país ansioso por soluções para seus desafios mais urgentes.