O Parlamento da Coreia do Sul destituiu o presidente Yoon Suk-yeol neste sábado, 14. A medida veio após uma tentativa fracassa de aplicar lei marcial no início do mês e causou uma grande crise política. A medida também foi acompanhada com um protesto de mais de 150 mil pessoas na capital Seul, segundo a agência de notícias Reuters.

Durante a sessão, 204 dos 300 deputados do Legislativo sul-coreano votaram a favor do impeachment de Yoon por insurreição. A votação também contou com 85 votos contrários, três abstenções e oito votos nulos. Essa foi a segunda tentativa de remove-lo do poder, após um pedido de impeachment que fracassou no dia 7 de dezembro.

Durante um discurso, Yoon expressou sua frustração com a medida e anunciou que precisaria se afastar por um tempo. “Estou profundamente frustrado… mas agora preciso me afastar por um tempo”, afirmou. Ele também pediu pedindo o fim da “política de excessos e confrontos”.

Para o líder do Partido Democrático da Coreia (Deobureominjudang), Park Chan-dae, um dos principais nomes da oposição, a votação representa um marco para o país. “O impeachment de hoje é uma grande vitória para o povo e para a democracia”, declarou.

Após a votação, o presidente aguarda a decisão do Tribunal Constitucional sobre a validação ou não do impeachment, que tem até 180 dias para se pronunciar.

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