Bastidores

Adriana Accorsi deve ser a candidata do PT a prefeita de Goiânia. Porém, dependendo dos acertos do petismo com o PMDB, pode ser vice de Iris Rezende. Ouvida pelo Jornal Opção, a deputada estadual, atuante e respeitada na Assembleia Legislativa de Goiás, afirma que está mais focada, no momento, no seu trabalho como parlamentar. “O eleitor me escolheu para representá-lo bem no Legislativo”, sublinha.
Instada a ser objetiva sobre a disputa em Goiânia, Adriana Accorsi, mesmo cautelosa, admite a possibilidade de ser candidata. “Estou à disposição do PT e de Goiânia. Moro na capital e posso dizer que é um sonho ser sua prefeita. Só não sei se é momento. Admito que sou uma das possibilidades do partido, pois fui sua deputada mais bem votada na eleição de 2014” A petista frisa que sente falta de seu pai, Darci Accorsi, para aconselhá-la politicamente.
A jovem deputada e delegada aceitaria ser vice de Iris Rezende? “Não tenho posição firmada a respeito, mas ser vice não é demérito. O PT e o PMDB são aliados. Nós, do PT, temos consciência da importância das coligações. Agora é fato que grande parte dos petistas quer que o PT lance candidato próprio.”

Quem ousou perguntar ao governador Marconi Perillo se Jayme Rincón será candidato a prefeito de Goiânia pelo PSDB recebeu respostas padrões e firmes. O tucano estaria mais forte do que nunca e, se quiser disputar, terá todo o apoio do tucano-chefe. O líder maior do partido sublinha que Rincón é responsável por grande parte do acerto de seu governo.
O Jornal Opção conversou com o deputado federal Roberto Balestra (PP) na sexta-feira, 14, e pediu sua opinião sobre a informação de que o vice-governador José Eliton vai trocar, em setembro, o PP pelo PSDB. Com sua maneira delicada e oblíqua de expor o que pensa, Balestra disse: “Só vou poder responder quando os fatos estiverem claros”. Em seguida, admitiu que não havia sido informado do fato por José Eliton, e sim pelo governador Marconi Perillo, durante uma viagem que fizeram juntos. “Vou conversar com o presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira, para verificar qual quadro está se desenhando”, afirma Balestra. “O PP, como tem comissão provisória e não diretório, só tem presidente, não tem vice-presidente”, esclarece. O sr. vai pleitear a presidência do PP? “Não sei. Antes, como disse, tenho de conversar com Ciro Nogueira.” Balestra avalia que José Eliton está deixando o PP com o objetivo de assumir o governo em 2018 e disputar a reeleição. “Célio Silveira trocou o DEM pelo PSDB para se tornar presidente da Assembleia Legislativa. É a lógica da política.”

Perguntado se o senador Wilder Morais, atualmente no DEM, é bem-vindo no PP de Goiás, o deputado federal Roberto Balestra não pensou duas vezes para responder. Com seu estilo franco, mas lacônico e enviesado, frisou: “Qualquer senador que quiser se filiar ao PP será sempre bem-vindo. O PP tem cinco senadores do país, se conquistar a filiação de Wilder passará a ter seis e se tornará ainda mais forte no Senado”. Balestra revela que é o deputado federal que representa o prefeito de Taquaral de Goiás, Willis Antônio de Morais, irmão de Wilder Morais, na Câmara dos Deputados. “O pai de Wilder, falecido há pouco tempo, me apoiava. Portanto, Wilder é benquisto pelo nosso grupo político.”

O prefeito de Inhumas, Dioji Ikeda (PDT), é apontado pela população como uma das maiores decepções da história do município. Tanto que as pesquisas indicam que, se disputar contra Ikeda, o ex-prefeito Abelardo Vaz pode ser eleito até com relativa facilidade. Entretanto, Vaz tem dito que não pretende disputar o pleito de 2016. O deputado federal Roberto Balestra (PP), principal representante político do município, aposta que, na hora agá, ele será candidato. “Os líderes do PP local e, sobretudo, a população clamam pela candidatura de Abelardo. Os eleitores o querem de volta à prefeitura, porque sabem que é, além de austero, criativo. Como presidente do PP de Inhumas, está trabalhando a montagem da chapa de candidatos a vereador. Espero que, ao final do processo, ele assuma a candidatura a prefeito. É o que todos nós queremos. O povo praticamente o ‘exige’”, sublinha Balestra.

Frase de um tucano histórico: “Ao se filiar ao PSDB, em setembro, José Eliton praticamente vai carimbar o passaporte para a disputa do governo de Goiás em 2018”. José Eliton fez um trabalho competente no PP, mas a realpolitik é fundamental. Daí a migração para o PSDB.

Iris Rezende torce para que o deputado Waldir Soares não dispute a Prefeitura de Goiânia. O tucano divide a maioria dos votos dos pobres na capital. O peemedebista-chefe estaria assustado com a popularidade do tucano. Waldir Soares é imprevisível, mas ao mesmo tempo mantém uma forte ligação com a sociedade por intermédio das redes sociais.

Do vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB): “Iris Rezende vai ser candidato a prefeito de Goiânia. Assim como 2 + 2 = 4”. E acrescenta: “Ele vai ser eleito”.

A ex-deputada federal Iris Araújo trabalha, em tempo integral, para que Lucas Vergílio seja o vice de Iris Rezende. Porque, se o peemedebista for eleito, Lucas deixará a Câmara de Deputados e Iris Araújo, primeira suplente da coligação PMDB-Solidariedade, assumiria o mandato em caráter definitivo.

O setor de seguros prefere que Lucas Vergílio continue na Câmara dos Deputados. Por isso o ex-deputado Armando Vergílio, pai de Lucas, é cotado para vice de Iris Rezende.

O DEM não tem um nome qualitativo para ser vice de Iris Rezende em Goiânia. É o que se diz no PMDB. Chegou-se a cogitar que Gracinha Caiado, mulher de Ronaldo Caiado, poderia ser a vice de Iris Rezende. Mas a conversa não foi adiante.
Mário Vilela, riquíssimo, pode ser o candidato do PMDB em Aparecida de Goiânia. Poderia ser o tertius. Mas claro que vai depender do secretário Euler Morais, o preferido do prefeito Maguito Vilela, e do vereador Gustavo Mendanha.

O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT, disse a um peemedebista de proa que sua parceria com o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, é apenas administrativa. Há quem duvide e avalie que a parceria está se aprofundando, sob o olhar da presidente Dilma Rousseff e de seu auxiliar goiano Olavo Noleto.
Divino Lemes deve trocar o PRB pelo PSD do secretário das Cidades e Meio Ambiente do governo de Goiás, Vilmar Rocha, com o objetivo de disputar a Prefeitura de Senador Canedo, em 2016. Ex-prefeito da cidade, Lemes avalia que, com o apoio de uma estrutura razoável, tem condições de enfrentar o amplo poder de fogo do prefeito Misael Oliveira, do PDT.
O prefeito de Niquelândia, Luiz Teixeira, deve trocar o PMDB pelo PSD do secretário das Cidades e Meio Ambiente do governo de Goiás, Vilmar Rocha. No quarto mandato de prefeito, Luiz Teixeira é um político experimentado. “Na campanha para senador, ele foi o primeiro prefeito do PMDB a declarar apoio à minha candidatura e contribuiu também para a vitória do governador Marconi Perillo. Trata-se de um líder qualitativo e vai fortalecer a base governista.” Luiz Teixeira é um dos alvos do deputado estadual José Nelto e do peemedebista-chefe, Iris Rezende, que não o perdoam porque apoiou Marconi Perillo, em 2014.