Bastidores

[caption id="attachment_17896" align="alignright" width="620"] Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O empresário Vanderlan Cardoso pegou Zélio Cândido pelas mãos, apresentou-o à sociedade de Senador Canedo, mas, talvez por ser um homem reservado, não emplacou. Mesmo assim, está mantido como pré-candidato a prefeito, contrariando a base política do pré-candidato a prefeito de Goiânia pelo PSB — que prefere Alsueres Mariano ou Izaura Cardoso (mulher de Vanderlan). Vetado pelo vanderlanismo, o médico Alsueres deve disputar pelo PR, com o apoio da deputada Magda Mofatto. O prefeito Misael Oliveira assiste a tudo calado, trabalhando em tempo integral, porque avalia que, quanto mais candidatos no páreo — o ex-prefeito Divino Lemes, o deputado Sérgio Bravo e o corretor de imóveis Franco Martins —, mais chances tem de ser reeleito (até com 30% dos votos).

[caption id="attachment_46895" align="alignright" width="620"] Tejota é advogado | Foto: Y. Maeda[/caption]
Reviravolta: Sebastião Tejota pode se aposentar, com o objetivo de disputar mandato de deputado federal em 2018, e para seu lugar iria Sérgio Cardoso ou Leonardo Vilela. Ele é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Tejota está criando uma estrutura política familiar de peso. Seu filho, Lincoln Tejota, é deputado estadual. A mulher de Lincoln deve ser candidata a vereadora. Com estrutura no Estado e na capital, fica menos complicado bancar um postulante a deputado federal.
Há quem aposte que o prefeito de Porangatu, Eronildo Valadares (PMDB) — embora meio nefelibata, não tem nada de bobo (é espertíssimo) —, vai jogar a toalha entre abril e maio. No fundo, o peemedebista estaria estudando bancar a candidatura do empresário Paulo da Casa do Criador (que não tem rejeição e é visto como um gestor eficiente; o receio é que seja outro Eronildo, que entende negócios privados, mas não dos públicos). Publicamente, diz outra coisa: vai disputar a reeleição e, no momento certo, vai fazer um pronunciamento a respeito. O desgaste do prefeito-empresário é gigante e não é possível que ele não esteja apurando isto em pesquisas sérias. Até as crianças o veem como uma grande decepção. Há o mito de que Paulo quer, mas não disputa a prefeitura porque seu sócio não quer. Um político do município contrapõe: “Na verdade, esta é a desculpa típica do Paulo. O sócio pode até não querer que dispute, mas não o proíbe de nada. Ele tem mesmo de perder e, sobretudo, de gastar muito dinheiro na campanha. É isso, só isso”.
Sete governadores e líderes do setor produtivo, como José Alves (Refrigerantes Imperial e Alfa), participaram do Fórum do Brasil Central. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, foi a presença mais relevante. Com os governadores com pires nas mãos, o BNDES é uma solução em termos de créditos e financiamentos. A presença de Luciano Coutinho em Goiânia indica a força do tucano-chefe Marconi Perillo. José Alves defendeu a redução da taxa de juros. Porque, sob recessão, manter os juros é contribuir para ampliar a crise.
Jornalistas tiveram acesso integral aos debates do Fórum do Brasil Central, que reúne governadores de vários Estados. A transparência foi uma decisão do governador de Goiás, Marconi Perillo.
Os luas azuis do tucanato não entendem por qual motivo o deputado Santana Gomes é o único que faz a defesa do governo de Goiás na Assembleia Legislativa. A oposição deita e rola e a situação assiste tudo placidamente. O governo de Marconi Perillo tem sorte porque a oposição, embora critique muito, não articula um discurso consistente.
Como não quer se comprometer com a volta do Imposto do Cheque, a CPMF, e o fim dos incentivos fiscais, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), não compareceu à reunião dos governadores com a presidente Dilma Rousseff na sexta-feira, 4. Mas enviou a secretária da Fazenda, Ana Carla Abr Marconi não participa de reunião em Brasília, pois não apoia o Imposto do Cheque/RETRANCA: Enviou secretária da Fazenda Como não quer se comprometer com a volta do Imposto do Cheque, a CPMF, e o fim dos incentivos fiscais, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), não compareceu à reunião dos governadores com a presidente Dilma Rousseff na sexta-feira, 4. Mas enviou a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão. ão.
O silêncio sepulcral dos petistas e peemedebistas goianos em relação à condução coercitiva do ex-presidente Lula da Silva para depor na Polícia Federal surpreendeu muita gente. Em Goiás, o prefeito Paulo Garcia foi o único político de expressão a defender o petista-chefe. Acabou criticado nas redes sociais, mas pelo menos assumiu posições, o que, em política e na vida, é fundamental. Revela lealdade e compromisso. O deputado federal Rubens Otoni desapareceu do mapa. Pelo menos na sexta-feira, 4.
Evangélica, a ex-deputada federal Iris Araújo assistiu o filme “Spotlight” (e não saiu antes de seu término), sobre pedofilia na Igreja Católica, na quinta-feira, 3, no Cine Lumière, no shopping Bougainville, a 200 metros de seu apartamento, no Setor Marista. Ninguém a cumprimentou. Com Iris Rezende, ocorre o oposto: é sempre cumprimentadíssimo.
Em Catalão, o caldeirão da política está fervendo mais do que panela do MST devido a história da gravidez de uma bela e sensual viúva. O pai do rebento seria um dos nomes mais poderosos do PMDB do município. Ele já é chamado de “o Fernando Henrique Cardoso Sudeste goiano”.
O deputado Marcos Abrão disse ao Jornal Opção que o deputado estadual Lissauer Vieira vai se filiar ao PSB na segunda-feira, 7. Pré-candidato a prefeito de Rio Verde, Lissauer Vieira passa a contar com o apoio de três partidos fortes — o PP do prefeito Juraci Martins, o PSB da senadora Lúcia Vânia e o PPS de Demilson Lima e Marcos Abrão. Lissauer Vieira ganha mais tempo no programa de televisão.
Como presidente estadual, o deputado federal Marcos Abrão afirma que, nos municípios, o PPS concede liberdade total para seus aliados. “Em Rio Verde quem define a política de alianças é Demilson Lima.”
O G-4 — PPS, PSD, PHS e PEN — pode se tornar, breve, G-5, com a possível incorporação do PSC. O objetivo do G-4 quase G-5 é lançar candidato a prefeito de Anápolis. O nome mais cotado para a disputa é o do advogado André Almeida. “Sou o pré-candidato do PPS”, afirma. André Almeida diz que já tem um projeto de governo. “Vou implantar a tarifa zero no transporte coletiva de Anápolis. Quer dizer, 100% de subsídio municipal para o transporte. A prefeitura arrecada cerca de 120 milhões de reais por mês e o custo do transporte mensal aproxima-se de 5 milhões de reais. A prefeitura, portanto, tem condições de bancar transporte gratuito para a população.” Um dos objetivos de André Almeida é tornar a prefeitura mais enxuta, se for eleito. “Nós vamos reduzir o número de comissionados, por exemplo.” A coligação entre os cinco partidos será apenas no plano majoritário. Para vereador, cada partido terá de contar com suas próprias forças. “Nós pretendemos caminhar juntos. O PSD até agora não apontou um nome. O PHS apresentou o nome do pastor Elismar Veiga, um político de qualidade. O PEN, até agora, não tem pré-candidato. O nome do PSC é Valeriano de Abreu.” A ressalva é que Valeriano de Abreu integra a equipe do prefeito João Gomes, do PT, como secretário. “Nós, do G-4, fazemos oposição declarada ao prefeito petista
O vereador Fernando Cunha Neto, do PSDB, garante que será candidato a prefeito de Anápolis. O deputado federal Alexandre Baldy confirma e diz que ele vai disputar a prefeitura. Porém, ao menos nos bastidores, comenta-se que pode ser vice do prefeito João Gomes, do PT.
O deputado federal Marcos Abrão, do PPS, e a senadora Lúcia Vânia, do PSB, estão articulando politicamente, com extrema desenvoltura, no Nordeste goiano. Eles devem lançar pelo menos quatro candidatos a prefeito na região. Sob o comando de Marcos Abrão, o PPS planeja lançar pelo menos 40 candidatos a prefeito no interior de Goiânia. “Onde o PPS estiver mais forte, o candidato será nosso. Onde o candidato do PSB estiver mais consolidado, nós o apoiaremos.”