Bastidores

Inaugurando várias obras e mantendo contato mais intenso com a população, Misael Oliveira afirma que, mesmo com uma campanha intensa e dura, tende a ser reeleito prefeito de Senador Canedo. Misael Oliveira aposta que, com mais de quatro candidatos no páreo, será possível uma reeleição com 35% dos votos. Curiosamente, sua administração é mais bem avaliada do que o político. As obras existem, são visíveis e úteis para os moradores do município, mas o líder pedetista, ao menos até agora, não consegue capitalizá-las. O resultado é que sua rejeição, se não é intransponível, é surpreendente.

O prefeito Misael Oliveira (PDT) aposta que Divino Lemes, do PSD, não será candidato a prefeito de Senador Canedo. “A tendência é que figure como ‘ficha suja’ na lista que o Tribunal de Contas dos Municípios deve divulgar no início de agosto.” Divino Lemes conta aos aliados que lidera as pesquisas, mas, de fato, tem problemas sérios na Justiça. É possível que encabece a lista dos fichas sujas que o Tribunal de Contas dos Municípios vai divulgar nos primeiros dias de agosto deste ano. O plano B de Divino Lemes, se não puder ser candidato, é bancar um vereador.

[caption id="attachment_68842" align="alignright" width="620"] Foto: Airton Rodrigues[/caption]
O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) gravou vídeo ao lado do pré-candidato a prefeito do partido em Goiânia, Flávio Sofiati. A mensagem foi registrada após coletiva de imprensa na Faculdade de Direito da UFG na noite de quinta-feira, 17.
Jean Wyllys, que discutiu o pensamento da filósofa alemã Hannah Arendt e a democracia no Brasil, garante que estará em Goiânia em agosto para o lançamento da candidatura de Flávio Sofiati a prefeito. Outros deputados federais do PSOL devem comparecer. Entre eles Chico Alencar, do Rio.
PSOL e Hannah Arendt combinam? Tudo indica que não. Mas, num país surrealista por natureza, quase tudo é possível.

Na semana passada, a repórter Andréa Sadi falou mais de cinco minutos, na Globo News, sobre o ex-deputado federal Sandro Mabel. Segundo Andréa Sadi, ministros estranham o fato de que Sandro Mabel “está falando em nome do governo” de Michel Temer — inclusive com Eduardo Cunha. A repórter sublinha que Sandro Mabel, que não teria cargo, seria um assessor informal do presidente. Ocorre que o ex-deputado federal por Goiás foi nomeado e, por isso, trabalha no terceiro andar do Palácio do Planalto. Segundo um “temerista”, o ex-parlamentar não dá um pio sem consultar Michel Temer.

A crise entre Vanderlan Cardoso, pré-candidato do PSB a prefeito de Goiânia, e a senadora Lúcia Vânia tem dois “nomes”. Primeiro, candidatos a vereador não param de pegar no pé do postulante a gestor da capital — sempre em busca do vil metal. Este, ao menos no momento, o empresário afirma que não tem e não sabe onde buscá-lo. Sempre alega que não tem mina de ouro nem de diamante. Segundo, a paixão repentina de Vanderlan Cardoso por setores do PMDB — notadamente Maguito Vilela — não tem agradado inteiramente Lúcia Vânia.

O governo confirma que o vereador Tayrone di Martino vai assumir uma secretaria nos próximos dias. Se Tayrone di Martino for para a Secretaria de Governo, Henrique Tibúrcio tende a assumir a direção da AGR. Tayrone di Martino é cacifado por si mesmo, porque tem prestígio pessoal, e pelo padre Robson, de Trindade.

[caption id="attachment_68265" align="alignright" width="620"] Francisco Jr., Vecci, Bittencourt e Vanderlan[/caption]
O Palácio das Esmeraldas não aposta mais que a base governista terá apenas um candidato a prefeito de Goiânia. Fragmentada, é provável que tenha de dois a três postulantes. Ao menos um deve desistir, aceitando ser vice.
Mas nenhum dos quatro postulantes da base governista — Vanderlan Cardoso (PSB), Giuseppe Vecci (PSDB), Luiz Bittencourt (PTB) e Francisco Júnior (PSD) — fala em desistir para hipotecar apoio a outro nome.
Curiosamente, de um deles, o Jornal Opção ouviu: “Vanderlan Cardoso, até por ocupar a terceira posição nas pesquisas de intenção e ter descolado dos demais, é o postulante que tem mais condições de ser candidato único da base”.
Ante a dúvida de um integrante da base, que indagou se Vanderlan Cardoso seria “confiável”, um tucano de bico erado e longo sublinhou: “O que importa ao governador Marconi Perillo é, primeiro, derrotar Iris Rezende, para abalar sua aliança com o senador Ronaldo Caiado para 2018, e, em seguida, derrotar Waldir Delegado Soares, que se mostra avesso à base aliada”.

Um lua azul afirma que os postulantes da base deverão ser Vanderlan Cardoso, do PSB, e Giuseppe Vecci, do PSDB. A crença na base aliada é: qualquer um dos dois que chegar ao segundo turno derrota tanto Iris Rezende, do PMDB, quando Waldir Delegado Soares, do PR. Acredita-se que o eleitorado, podendo observar bem os candidatos, não se decidirá por um gestor de matiz populista, como Rezende e Soares.

Os secretários Thiago Peixoto (Desenvolvimento Econômico) e Vilmar Rocha (Cidades e Meio Ambiente) disseram ao Jornal Opção na sexta-feira, 17, que o PSD vai manter a candidatura de Francisco Júnior para prefeito de Goiânia. “Não há a menor possibilidade de Francisco Júnior sair do páreo”, afirma Thiago Peixoto. “Não tenho mais nem paciência para continuar explicando que, ao contrário do que prega a central de boatos da maledicência, Francisco Júnior será candidato a prefeito de Goiânia. Afinal, time que não joga não tem torcida”, corrobora Vilmar Rocha.

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, quer um acordão entre o PMDB e o PSDB. Emissários garantem que o peemedebista quer abrir diálogo com o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo. Aceita-se, inclusive, discutir 2018. “Hoje”, afirma um peemedebista, “há mais sintonia entre Maguito Vilela e Marconi Perillo do que entre Maguito Vilela e Iris Rezende”.

Político com tráfego amplo na política nacional e que mantém trânsito livre no Judiciário afirma que a delação premiada de Marcelo Odebrecht, da empreiteira que leva seu nome, vai envolver um senador de Goiás e deputados federais do PMDB e do PSDB. Comenta-se em Brasília que o senador Ronaldo Caiado não está mais empolgado com o governo de Michel Temer. O líder do DEM até apreciaria o presidente, mas não sua equipe.

Num primeiro momento, Ronaldo Caiado envolveu-se 100% com o impeachment de Dilma Rousseff. Agora, talvez pelas denúncias que atingem a equipe de Michel Temer, debate menos o impedimento. Recentemente, não participou da reunião do presidente com os parlamentares goianos.

De um deputado peemedebista: “Não há como negar que o PMDB goiano está jururu, com dor de cotovelo, mão e joelho com o relacionamento altamente cordial entre o presidente Michel Temer e o governador Marconi Perillo. Até parece que, perto do gestor goiano, o peemedebista se torna tucano”. O mesmo parlamentar admite que, com apenas dois deputados federais em Brasília, e nenhum senador, o PMDB de Goiás não tem força alguma junto ao governo de Michel Temer. Marconi Perillo lidera uma bancada com dois senadores e pelo menos 13 deputados federais. Em Brasília as relações entre o presidente e líderes são mais positivas quanto maiores forem as bancadas estaduais.

O PMDB de Goiás esperneia, grita e clama por cargos federais. Mas não conseguiu nomear nenhum aliado para os escalões centrais do governo de Michel Temer. É provável que sobrem algumas vaguinhas no quarto escalão.

Com o PT fora do poder, e com o objetivo de reduzir sua pena, o publicitário abre o jogo e diz ter informações exclusivas para revelar ao Ministério Público de Minas e ao Ministério Público Federal