Bastidores
Na segunda-feira, 2, às 9 horas, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, divulga, com a presença do governador Marconi Perillo, o projeto de remodelação da Praça Cívica. O petista-chefe planeja requalificar a praça mais emblemática da capital.
Rafael Louza, filho do tucano Olier Alves, é cotado tanto para um cargo na área de comunicação do governo de Goiás quanto para uma diretoria da Juceg.
A Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag), por iniciativa de Maione Padeiro, com o apoio do presidente Osvaldo Zilli, vai buscar os comerciantes do município para que se filiem. Proprietários de drogarias, padarias, supermercados, bares e motéis serão convidados a participar da Aciag. A associação pretende sortear uma motocicleta por mês entre aqueles que comprarem no mercado local.
O PT, acatando pedido do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, expulsou dois vereadores, Felisberto Tavares e Tayrone di Martino, na semana passada. O presidente do PT metropolitano, Luis Cesar Bueno, alegou que Felisberto e Tayrone votaram contra o aumento do IPTU e que isto, se ajudou os moradores de Goiânia, prejudicou a gestão do prefeito Paulo Garcia, que é do PT.
Jovair Arantes convidou Tayrone di Martino a se filiar ao PTB. Mas o PDT de Flávia Morais e o PSD de Vilmar Rocha também estão no páreo.
O presidente da Metrobus, Eduardo Machado, viaja com o governador Marconi Perillo para o Rio de Janeiro, na próxima semana. Eles vão conhecer algumas estações de BRT e VLT. De lá, o tucano-chefe viaja para a Europa.
O deputado estadual Jean Carlo (PHS), com o apoio de José Garrote, o empresário mais rico da cidade, deve disputar a Prefeitura de Itaberaí. Por ser gestor e por ter prestígio político, é apontado como imbatível. “É um craque”, afiança o advogado tucano Gilberto de Castro.
Ricardo Corrêa era o chefe de gabinete do vice-governador José Eliton, mas perdeu o cargo para Rogério Félix.
O deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB) tinha 23 superintendentes. Perdeu quase todos. Vecci é forte junto ao governador Marconi Perillo e, por isso, quer mais cargos para seus aliados. Na Secretaria de Gestão e Planejamento, porém, Giuseppe Vecci mantém o controle de pelo menos 85% dos cargos mais importantes. O secretário Thiago Peixoto está com dificuldade para acomodar o seu pessoal.
De um tucano erado: “Quando a gente chega perto de José Eliton já sente o ‘cheiro de governador’”.
Um irista, dos mais moderados e íntimos do ex-prefeito, afirma que Iris Rezende vai para o Xingu, até cultiva soja. “Mas o que ele gosta mesmo é de fazer política. Fora da política, o ex-governador se torna um peixe fora d’água. Sente-se mal.” “No Xingu, ele não se interessa muito pelas plantações, até porque não idade para grandes esforços físicos. Da roça Iris não pega nem carrapato”, diz, enigmático, o irista.
Naçoitan Leite, do PSDB, é favorito na disputa pela Prefeitura de Iporá. Porém, se quer mesmo ser eleito, não pode brincar em serviço, pois tende a enfrentar uma pedreira, o professor Paulo Alves de Oliveira, do PT, que simboliza a renovação, e Max Mahoen, do PMDB, que parece mas não é galinha morta, pois já foi prefeito duas vezes. O maior perigo são as histórias das “favas contadas”. Há candidatos que dormem líderes nas pesquisas, considerando-se praticamente eleitos, e acordam derrotados e reclamando da vida. Em Iporá, eleitores mais esclarecidos dizem, em tom de pilhéria mas focando a realidade do município: “Naçoitan é ficha limpa, mas a cidade está suja”. O prefeito, eleito porque Naçoitan não pôde ser candidato em 2012, é apontado como “decepcionante”. Ele não tem tino administrativo e, com dois anos de mandato, parece inteiramente perdido, dizem seus adversários e, pior, até alguns de seus aliados. “O prefeito é teleguiado”, diz um oposicionista.

O Órion Business & Health Complex é um dos principais empreendimentos imobiliários de Goiás — um investimento de cerca de 600 milhões de reais. A obra incluirá hotel — da rede Atlantica Hotels International, segundo publicidade veiculada na internet —, hospital, salas corporativas, lojas, restaurantes e a nova sede da Associação Médica.
O Órion é um grande negócio, de qualidade irretocável. Mas dois médicos dizem que os empreendedores possivelmente terão de resolver um problema. Um grupo de médicos repassou dinheiro para a construção da sede da Associação Médica do Estado de Goiás, nas confluências das avenidas Portugal e Mutirão, no Setor Marista, e se tornou uma espécie de sócio-patrimonial. Agora, há a possibilidade de exigirem seus direitos na Justiça.

O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT, tem um ano e 11 meses para recuperar sua gestão, hoje mal avaliada pela sociedade.
Para tentar se recuperar, o petista-chefe vai seguir o exemplo do governador Marconi Perillo que, nos dois anos finais, focado inteiramente na gestão, conseguiu resgatar tanto o governo quanto sua imagem pessoal e política.
Paulo Garcia, como não vai disputar mandato em 2016, não tem a preocupação de fazer mais política do que de gerir a máquina. Aliados mais moderados avaliam que deve sair do “palanque” e estabelecer relações administrativas não conflituosas com o tucano-chefe. O petista precisa “amar” mais Goiânia e “adorar” menos Iris Rezende.
O contencioso de Paulo Garcia com Marconi Perillo deriva, em larga medida, de sua relação política com o prefeito com Iris Rezende. Ocorre, porém, que o peemedebista-chefe, com a derrota de 2014, “saiu” da política estadual e agora pode ser considerado, no máximo, um político de Goiânia. Noutras palavras, não tem mais sentido o petista “brigar” com o tucano para defender o decano de 81 anos. É uma batalha inútil, quixotesca.
Projeto número 1 das oposições, ou de parte delas: tentar impedir que o governador Marconi Perillo (PSDB) contribua para eleger o próximo prefeito de Goiânia. Acredita-se que, se perder em Goiânia, as oposições terão muita dificuldade para eleger o sucessor do tucano-chefe em 2018. Ao mesmo tempo, se o tucanato eleger o próximo prefeito, ficará mais fácil eleger o governador em 2018, pois as oposições terão perdido sua principal base no Estado, quer dizer, estrutura. Por isso, a batalha por Goiânia será agressiva — não será nenhum passeio. Os pré-candidatos — de todas as correntes — serão bombardeados. Até a lua de mel de parte do PMDB e do PSDB com Vanderlan Cardoso não deve demorar muito.