O Ibama concluiu em 31 de maio a “Operação Apoena”, que por dez dias conduziu ações de prevenção aos incêndios florestais. As equipes vistoriaram e fizeram recomendações para proprietários de áreas com alta incidência de incêndios: o Parque Nacional Chapada dos Veadeiros, o Território Quilombo Kalunga e a Terra Indígena Avá-Canoeiro. 

Equipes do Núcleo de Fiscalização da Divisão Técnico Ambiental do IBAMA em Goiás, em parceria com o Prevfogo, abordaram comunidades e proprietários rurais em áreas sensíveis à queimadas, que foram identificadas com técnicas de geoprocessamento. O servidor aposentado do Ibama, José Antônio Barroso Seixas, afirmou à Assessoria de Comunicação do órgão que esta primeira fase da Operação Apoena foi essencialmente de Educação Ambiental.

Seixas afirmou: “Na segunda fase, haverá o monitoramento dos focos de calor remotamente (análise de geoprocessamento) ou ‘in loco’, durante a ocorrência dos incêndios florestais. Por fim, na terceira fase, que se desenrolará após os incêndios, serão elaborados relatórios referentes aos locais atingidos pelo fogo e as autuações devidas (penalidades) lavradas.”

O analista ambiental Jesse Rodrigo Rosa, chefe da divisão responsável pelas ações de fiscalização, a Operação Apoena une fiscalização e educação, ao orientar acerca de medidas preventivas ao incêndio e ao mesmo tempo notificar proprietários rurais que não se adequarem às exigências. “Espera-se que com essa ação preventiva consigamos diminuir a ocorrência dos incêndios florestais”, disse Jesse. 

Para o analista ambiental Éder Dasdoriano Porfírio Júnior, coordenador operacional da Apoena, foram mais de 200 alvos abordados por três equipes. “Quando fora de controle e do período para sua utilização, o fogo causa danos para a vegetação, biodiversidade e para a população humana. Acreditamos ter alcançado o objetivo da primeira fase, notificando várias propriedades no entorno das áreas protegidas”.

No decorrer de 2023, as duas próximas fases da Operação Apoena vão se desenrolar. A operação culmina com a penalidade dos proprietários rurais monitorados que deixarem de tomar as devidas precauções para evitar incêndios, acarretando danos ao Parque Nacional Chapada dos Veadeiros, o Território Quilombo Kalunga e a Terra Indígena Avá-Canoeiro. Os autuados podem ser ainda responsabilizados civil, penal e administrativamente. 

Jesse Rodrigo Rosa, chefe da divisão responsável pelas ações de fiscalização no IBAMA