Com a previsão de grandes acumulados de chuva para o próximo período chuvoso, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), lançou a operação Goiás Alerta e Solidário. A iniciativa é uma ampliação do projeto Nordeste Solidário e prevê entre as ações um plano de contingência e o estabelecimento de medidas para ajudar os mais afetados, que podem chegar a 48 mil pessoas. Entretanto, o governador reclamou da baixa presença de prefeitos no evento e ressaltou a importância do alinhamento das prefeituras com às ações do governo.  

A previsão é que o Goiás Alerta e Solidário mobilize várias áreas da gestão estadual para evitar desastres, reduzir possíveis danos e garantir a segurança de toda a população dos municípios considerados de risco. O chefe do Executivo goiano explicou ainda que o cronograma prevê o deslocamento de medicamentos, aparelhos necessários para atendimentos e mantimentos para as regiões com previsão de chuvas fortes e possibilidade de isolamento.

El Niño

Goiás está sob forte influência do fenômeno El Niño e o próximo período chuvoso pode impactar sete vezes mais municípios que no período anterior. Segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (CimehGO), entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024, cerca de 100 municípios vão acumular um índice pluviométrico de até 500 milímetros ou mais. Deste total, cerca de 30 vão registrar até 1.000 mm. As cidades de Itapuranga e Itapaci poderão registrar 1.500 mm de chuvas ao longo dos três meses.

Ações

O governador Ronaldo apresentou um plano de contingência que prevê a instalação de sete postos de comando, com o objetivo de estabelecer uma reserva emergencial de itens de assistência para emprego imediato. Ceres, Goianésia, Itaberaí, Niquelândia, Planaltina, Teresina de Goiás e Posse foram escolhidos pela localização estratégica. Também foram divulgadas medidas de enfrentamento. Elas estão divididas em três fases: Preventivas, de Socorro e de Reconstrução.

Entre as ações preventivas estão o mapeamento, em parceria com as prefeituras, das famílias que vivem em área de risco, auxílio as cidades que não possuem coordenadorias municipais de Defesa Civil para a criação das estruturas, aquisição de 15 mil cestas básicas e equipamentos de infraestrutura para atuar nos municípios afetados. O plano também prevê o monitoramento e identificação de pontos críticos na malha rodoviária estadual, com realização de vistorias em rodovias, pontes e bueiros e a realização de serviços diversos de forma preventiva para garantir o acúmulo de água.

Entre as ações de socorro estão a distribuição de alimentos, medicamentos e total apoio aos afetados; busca e salvamento com equipes de especialistas; estabelecimento de locais para possíveis abrigos ou alojamentos; vistorias nas áreas afetadas; e triagem e abertura de inscrições do Aluguel Social para famílias de municípios afetados.

Já na parte de reconstrução, estão previstos, entre outras ações, auxílio na gestão de recursos em caso de reconhecimento da Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública; continuidade dos serviços de recuperação e manutenção da malha asfáltica, como operação tapa-buracos, reconstruções de pavimentos, entre outros serviços; e realização de cursos de capacitação de produção rural sustentável e entrega de Crédito Social.

Leia também: