Um tribunal dos Países Baixos condenou três homens à prisão perpétua nesta quinta-feira, 17, por estarem envolvidos no abate do voo 17 da Malaysia Airlines, em 2014. Foram sentenciados os russos Igor Girkin e Sergei Dubinsky, além do ucraniano Leonid Kharchenko. Junto a pena, eles também foram condenados a pagar R$ 90 milhões de reais para as famílias das vítimas da tragédia.

Entretanto, todos os envolvidos estão na Rússia e não deverão ser extraditados, fora que nem compareceram ao julgamento. Todos os três faziam parte de forças separatistas pró-russos na região de Donetsk. 

Entre os condenados pela corte holandesa, Dubinsky foi considerado culpado por solicitar e transportar um lançador do míssil Buk, utilizado para derrubar o Boeing 777-200ER na Ucrânia. Já Girkin, um dos líderes militares dos separatistas, foi quem deu a ordem de derrubar a aeronave malaia e depois solicitou ajuda russa. Por fim, Kharchenko seguiu as instruções e supervisionou a operação da logística.

Ao todo 298 pessoas morreram no ataque, sem sobreviventes, incluindo 80 crianças. O avião que saiu de Kuala Lumpur, capital da Malásia, estava sobrevoando a Ucrânia em uma altitude de 33 mil pés em direção a Amsterdã. Mas, foi atingido por um míssil antiaéreo e caiu perto de uma vila na região.