Um fazendeiro e mais acusados de matar um corretor de imóveis irão a júri popular, sentenciou a juíza do caso, Grymã Guerreiro Caetano Bento. As investigações apontam que o crime foi motivado pela recusa de pagamento de uma comissão de R$ 20 milhões ao profissional pela venda de uma propriedade rural. O corpo da vítima foi encontrado carbonizado próximo a uma fazenda em Rio Verde, no Sudoeste de Goiás.

Os réus são o fazendeiro Renato de Souza, Rogério Oliveira Muniz e Rogério Teles Borges Renato de Souza. O defensor do primeiro, Pedro Paulo de Medeiros, informou, por nota, que utilizará todas as instâncias e recursos disponíveis para evidenciar a ilegalidade e injustiça do processo. Segundo o advogado, as supostas evidências foram selecionadas de maneira tendenciosa e parcial.

O advogado de Teles, Ricardo Naves, alega que o seu cliente é inocente e que não existem elementos suficientes para levá-lo a julgamento popular. Para o defensor, as circunstâncias comprovam que ele não tem envolvimento no homicídio.

Decisão judicial

A juíza Grymã Guerreiro Caetano Bento, em decisão publicada na quinta-feira, 3, determinou que os três réus enfrentarão julgamento popular. Ela negou a revogação e manteve a prisão do trio.

De acordo com o inquérito, o corretor Wellington Luiz Ferreira Freitas, de 67 anos, vendeu uma fazenda de Renato de Souza por R$ 300 milhões. Inicialmente, foi acordada uma comissão de R$ 20 milhões, mas posteriormente reduzida para R$ 8 milhões. O que teria causado desavenças.

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