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A prisão da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) foi mantida nesta sexta-feira, 1°. Ela passou por audiência de custódia e a Justiça da Itália decidiu que ela continuará detida no presídio de Rebibbia, em Roma, enquanto tramita o pedido de extradição feito pelo governo brasileiro.

Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão, por envolvimento na invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro de 2023. A condenação, unânime pela Primeira Turma do STF, transitou em julgado, ou seja, não há mais possibilidade de recurso.

O STF também determinou a perda de seu mandato parlamentar, decisão que agora está sob análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, com expectativa de avaliação a partir de agosto. A parlamentar deixou o Brasil no fim de maio, poucos dias após a condenação. De acordo com autoridades, antes de se estabelecer na Itália, onde possui cidadania, ela passou pela Argentina e por um período na Flórida, nos Estados Unidos.

Zambelli foi presa na última terça-feira, 29, em um apartamento em Roma. A polícia italiana cercou o prédio para evitar uma possível fuga. A defesa alegou que ela se entregou de forma voluntária. Segundo o advogado Fábio Pagnozzi, no momento em que os agentes chegaram, Zambelli estava lavando o cabelo e pintando. Após reunir seus medicamentos, foi conduzida à delegacia e, em seguida, ao presídio.
Por estar condenada e ter deixado o Brasil, o nome da deputada foi incluído na lista vermelha da Interpol, o que a tornou procurada internacionalmente.

Tramitação da extradição

O processo de extradição, de acordo com a legislação italiana, pode se prolongar. Ele será analisado por dois tribunais – a Corte de Apelação e a Corte de Cassação – e, caso ambas aprovem a solicitação, caberá ao ministro da Justiça da Itália a decisão final. Autoridades brasileiras apontam que todo o trâmite pode durar entre um ano e meio e dois anos.

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