Após representantes da produtora Epicentro apresentarem denúncia de falta de pagamento de material da campanha por parte de Denise Carvalho (PCdoB), a defesa da candidata ao Senado se manifestou, alegando que as prestações de conta necessárias já foram feitas. Protocolada nessa terça-feira, 27, a ação tem previsão de entrega aos citados na tarde desta quarta, 28, mas até o fechamento do texto, não havia sido recebida por representantes da candidata.

“Oficialmente, ainda não tem citação. Não recebemos nada e só saberemos o teor da denúncia ao receber o documento”, explicou o advogado Ubaldo Barbosa, representante de Denise Carvalho.

Mesmo sem a citação oficial, Barbosa aponta estranhamento na movimentação da ação, uma vez que ela parte de uma legenda política sem envolvimento direto com a agência prestadora de serviços. Além disso, alega que as denúncias não procedem e partem de desavenças comerciais entre as partes.

Segundo o advogado, houve “diversas tentativas de chegar a um comum acordo” a respeito dos valores acordados, que levaram ao pagamento total de R$ 39 mil pelos trabalhos, em depósitos separados de R$ 9 mil e R$ 30 mil. Na ocasião do pagamento, a campanha já havia emitido posicionamento, considerando o valor justo.

Para o grupo, os valores cobrados – classificados como majoração do preço, em face do crescimento da candidata durante a campanha – são encarados como “tentativas de aproveitamento político que vise atacá-la politicamente” e a defesa irá apresentar os instrumentos legais cabíveis para responder a ação, assim que houver a citação oficial.

O representante legal também se posicionou a respeito das acusações de possível uso de Caixa 2 para financiamento dos pagamentos. “O pagamento saiu da conta da candidata e foi para a conta dos contratados. Como isso é Caixa 2?”, questionou. Ele ainda acrescenta que o movimento seria um erro crasso, que dificilmente alguma equipe cometeria. “Em sã consciência ninguém cometeria um erro de campanha primário desse”.