Depois de 10 anos e 10 adiamentos, obras do BRT podem ficar prontas em fevereiro
03 janeiro 2024 às 11h13
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A conclusão das obras do BRT Norte-Sul, iniciadas em 2014 na gestão de Paulo Garcia, foram novamente adiadas. Já é a 10ª vez que a entrega do “interminável” corredor exclusivo do transporte coletivo é suspensa pela Prefeitura de Goiânia. Na época do lançamento, que contou com a presença do então governador Marconi Perillo e da ex-presidente Dilma Rousseff, a data de entrega estava prevista para 2020.
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Na gestão de Rogério Cruz foi prometida a finalização e entrega das obras em outubro. Depois disso, nova data foi estipulada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) que seria 31 de dezembro de 2023. Passado o prazo, ao ser questionado pelo Jornal Opção sobre as obras do BRT em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 3, o mandatário municipal afirmou que o corredor será entregue em fevereiro. Ou seja, no próximo mês. Até o momento, 24 das 31 estações foram finalizadas pelo consórcio responsável pela obra.
“Já estamos finalizando o BRT. Já entregaram na sexta-feira [29], 24 estações e agora a CMTC já está preparando a documentação para entregar a RedMob, para montar os equipamentos. Até o final de fevereiro vão entregar as demais sete estações, que são estações da Praça Cívica, Avenida Goiás e Centro. Aí conclui, entregamos para a RedMob”, explicou Rogério Cruz.
O acordo divulgado pela gestão municipal era de que as 31 plataformas das estações de embarque e desembarque fossem finalizadas para o repasse à Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). A companhia, então, passaria as estruturas para o consórcio das empresas concessionárias realizarem os ajustes até o final de fevereiro para que, finalmente, os ônibus pudessem utilizar o corredor.
“O BRT vai ser entregue em fevereiro. Ai, então, a CMTC passa para a RedMob para a montagem dos equipamentos eletrônicos nas estações. Aí está apto para [os ônibus] rodar”, reforçou.
O Jornal Opção procurou a RedMob para saber qual a previsão do término das instalações para, enfim, os ônibus rodarem no corredor, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
O custo inicial da obra era de mais de R$ 245 milhões. Depois de 17 aditivos, a obra deve ser finalizada no valor de quase R$ 325 milhões, uma diferença de cerca de R$ 80 milhões. Cerca de 97% já está concluída, conforme a Seinfra.