O governo do presidente Lula da Silva, do PT, vai nomear, nos próximos dias, o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Goiás. Há vários nomes cotados, entre eles Antônio César Caldas Pinheiro, Yussef Campos, Beatriz Otto Santana e Hellen Carvalho.

Um dos nomes mais cotados é o de Antônio Caldas. O Jornal Opção ouviu alguns de seus apoiadores. E todos são unânimes: é o homem certo para o lugar certo. “A unanimidade inteligente”, no dizer de intelectuais.

Antônio Caldas é doutor em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade de Salamanca, na Espanha. Título da tese: “Projeto Resgate Barão do Rio Branco: a documentação colonial brasileira dos arquivos europeus e Estados Unidos, seu impacto na historiografia e interdisciplinaridade”. É mestre em História pela Universidade Federal de Goiás. Título da dissertação: “Os tempos míticos das cidades goianas: mitos de origem e invenção de tradições”. O pesquisador, que alguns chamam de Homem-Arquivo, é graduado em Direito pela UFG.

O pesquisador é coordenador do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia (IGPA), é membro do Conselho Estadual de Cultura (CEC), é arquivista do Arquivo Histórico Estadual de Goiás (AHEG) e historiador-técnico do Instituto de Pesquisas e Estudos Históricos do Brasil Central/PUC Goiás

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Wolmir Amado/Ex-reitor da PUC-Goiás

Wolmir Amado: ex-reitor da PUC, foi candidato a governador pelo PT | Foto Fernando Leite/Jornal Opção

“Considero Antônio Caldas um dos mais capacitados para assumir o Iphan. O conheço há três décadas, em todas as suas fases de capacitação profissional. Discreto, generoso, ético e responsável. Tem preparo intelectual (com doutorado). É pesquisador com várias obras publicadas, é membro de diversas instituições culturais em Goiás. Na PUC é diretor de dois importantes institutos: Instituto de Pré-História e Antropologia e Instituto de Pesquisa e Estudos Históricos do Brasil Central. Conhece muito bem o patrimônio histórico, ¾ deste, por razões históricas, sob a custódia da Igreja Católica (segundo informações da Nunciatura Apostólica do Brasil). É um nome qualificado e tem todo o nosso apoio.”

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Salma Saddi/Ex-superintendente do Iphan em Goiás

Salma Saddi: ex-superintendente do Iphan em Goiás | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

“Antônio Caldas é um intelectual e técnico brilhante. O melhor pesquisador de arquivos que conheço. É um homem culto. Um historiador notável. Um especialista em arquivos. Organizou vários arquivos. Quando o Iphan completou 80 anos, nós demos cinco medalhas para pessoas que ajudaram o Centro-Oeste a ‘erguer’ o instituto. Antônio Caldas foi um dos homenageados com a medalha Rodrigo de Mello Franco.”

“Além de Antônio Cesar, que me orientou sobre arquivos, há também os nomes de Beatriz Otto Santana, arquiteta, e Hellen Carvalho, arqueóloga e historiadora. As duas pertencem ao excelente corpo técnico do Iphan.”

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Fátima Cançado/Coordenadora da Fundação Frei Simão

Fátima Cançado | Foto: Divulgação

“Na minha concepção, Antônio Caldas está acima da média. Porque é altamente qualificado. É doutor em Paleografia por uma universidade da Espanha e sempre se destacou nos trabalhos do IPHBC, entre outras instituições. Se indicado, vai ser de grande valia para o Iphan.”

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Nasr Chaul/Doutor pela USP e professor da UFG

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Historiador Nasr Chaul | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

“Antônio Caldas é um homem excelente. Foi meu orientando no mestrado. É um profundo conhecedor da história de Goiás. É meu confrade na Academia Goiana de Letras. Sabe qual é o valor dele? Mil por cento. Com ele, o Iphan estará muito bem representado.”

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Maria Conceição Silva/Professora de História da UFG

“Antônio César tem as qualificações necessárias para dirigir o Iphan no Estado. Conhece a história de Goiás, seu patrimônio. Tem mestrado pela UFG e doutorado na Espanha. Trabalhou no Projeto Resgate, ficou um ano em Portugal. Catalogou a documentação da história de Goiás no país de Camões. A documentação está em Goiás.”

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Ubirajara Galli/Presidente da Academia Goiana de Letras

Ubirajara Galli: presidente da Academia Goiana de Letras | Foto: Facebook

“Depois que José Mendonça Teles partiu, Antônio César se tornou meu consultor-mor nas trilhas das pesquisas históricas. É um guia seguro e competente. Um polímata. Tem formação sólida, quer como gestor de bens históricos-patrimoniais ou como diretor da PUC-Goiás. É um produtor competente de textos, de memoriais. No Conselho de Cultura, tem atuação destacada. É membro da Academia Goiana de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás. É o homem certo para o lugar certo. O Iphan de Goiás, se ele for indicado, ficará maior do que já é. Portanto, espero que a política contemple suas qualidades. Torcer por Antônio César é o mesmo que torcer por Goiás e, também, pelo Brasil. Ele é grande entre os grandes. Um gigante da cultura, da história, da preservação.”

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Marcos Caiado/Poeta

Marcos Caiado | Foto: Facebook

“O nome de Antônio César está sempre associado ao que há de melhor em termos de preservação do patrimônio, da genealogia, do resgate memorial. Ele está sempre envolvido com questões positivas para Goiás e, portanto, para o país (Goiás não é uma ilha). Não vejo nome mais qualificado para cuidar do patrimônio histórico de Goiás. O Ar’quicongo, com o acervo da antropóloga Mari Baiocchi, foi criado por ele. O arquivo resgata e divulga a memória dos quilombolas. É um trabalho inédito no Brasil dentro desta vertente. Ao mesmo tempo que trabalha com a memória, Antônio César é antenado com as pautas contemporâneas.”

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Yuri Baiocchi/Coordenador de patrimônio da Associação dos Defensores do Patrimônio Histórico e Cultural de Jaraguá

Yuri Baiocchi | Foto: Facebook

“Vejo o nome do professor Antônio Caldas como a melhor escolha para o cargo. É a pessoa em Goiás mais gabaritada em nível de currículo (doutor em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade de Salamanca) e experiência (mais de 30 anos dedicados às fontes primárias de documentação).

“Foi responsável pelo traslado das documentações referentes ao Piauí e Goiás da Torre do Tombo para seus respectivos Estados, participou da confecção de contratos com a Unesco, está à frente do IGPA que desenvolve projetos no âmbito dos povos indígenas, vem recuperando o acervo do fotógrafo Jesco von Puttkamer e recentemente inaugurou, na Cidade de Goiás, o “Ar’Quincongo”, que abriga o acervo da antropóloga goiana Mari Baiocchi e tudo o que ela reuniu a respeito dos Negros de Cedro, Kalungas, Karajás, terreiros de Umbanda de Goiás, Congadas e etc.

 “E há ainda o lado administrativo: dirige dois importantes institutos de pesquisa da PUC Goiás, tendo ótimo relacionamento com a Igreja Católica — maior detentora do patrimônio material tombado no Estado. Além de inúmeros anos como presidente da Câmara de Patrimônio, no Conselho Estadual de Cultura.

“O curioso é que infelizmente o substituíram pelo ex-superintendente do Iphan no governo Bolsonaro. Logo, a nomeação do professor Antônio Caldas para superintendente também seria uma forma de lhe fazer justiça, visto que é inquestionavelmente mais talhado para o cargo do que o anterior pelo qual o preteriram agora no Conselho Estadual de Cultura.

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Leonardo Lacerda

“Apoio Antônio César Caldas para superintende do Iphan em Goiás. Tive a grata satisfação de cooperar com ele em algumas ocasiões, sempre com excelentes resultados. Por exemplo, apoiei-o no IGPA na implementação do projeto Memórias Indígenas dos povos Waija e Yudja; em um projeto pessoal de aquisição do acervo José Mendonça Teles, para posterior doação ao Arquivo Frei Simão; e num outro projeto chamado Lavras de Goiás, para levantamento de acervos de manuscritos do século XVIII e XIX. O Dr. Antônio Caldas alia conhecimento técnico, inteligência emocional, lisura, honestidade, integridade, alta produtividade e sabedoria. Não tenho dúvida que faria um excelente trabalho na condução do Iphan”.