Procon faz operação para investigar aumento de combustíveis

04 janeiro 2023 às 12h10

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O Procon Goiás abriu, na manhã desta quarta-feira, 4, operação de fiscalização de aumento de preço de combustíveis em postos. Apesar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter prorrogado por 60 dias medida que garante isenção de cobrança de impostos sobre os combustíveis, os preços nas bombas mantêm tendência de alta.
A fiscalização também é pauta do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão de controle da concorrência. Também nesta manhã, o presidente do Cade, Alexandre Cordeiro Macedo, assinou abertura de inquérito para investigar o aumento no preço dos combustíveis.
De acordo com Macedo, o aumento do preço durante o período de transições de governo pode ser classificado como colusão, prática anticoncorrencial definida como “promover, obter ou influenciar a adoção de conduta comercial uniforme ou concertada entre concorrentes”.
O pedido do Cade, no entanto, não cita o Estado de Goiás. No documento, há sugestão de alteração de preços de combustíveis, de forma aparentemente coordenada, no Distrito Federal, Espírito Santo, em Pernambuco e Minas Gerais.
Resposta dos postos
Ao Jornal Opção, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto-GO), Márcio Martins, declarou que a alta está ligada a turbulências por demanda gerada em toda a cadeia de combustíveis. Nesse contexto, segundo ele, há um temor de aumento de preços pelo consumidor, que “corre para encher o tanque, pagando até parcelado”. Diante disso, os próprios postos e distribuidoras compram ainda com preço baixo para fazer estoque dos produtos, gerando demanda repentina.
Em relação aos preços do etanol, Martins destaca que o país está no momento de entressafra, o que gera diminui da produção, afetando a gasolina, que possui na composição 27% de mistura de álcool.