A Polícia Civil de Goiás tem uma Cartilha de Segurança nas Escolas. Com sete páginas, no material, são apresentadas informações e dicas para a segurança de professores e alunos diante de ameaça de ataques armados ou atitudes suspeitas, que, segundo o conteúdo, seria manter perfis falsos nas redes sociais ou postar conteúdo violento na internet.

Na cartilha, a Polícia explica que qualquer denúncia seja apurada, é necessário mais que um simples print de uma postagem suspeita. A URL, que é o endereço eletrônico que permite que um site seja encontrado, deve ser anotada. E tanto a da publicação quanto a do perfil autor. O material orienta ainda que, em caso de qualquer desconfiança, o denunciante deve ligar no 197 ou procurar a delegacia mais próxima.

Aos alunos, a orientação dada na cartilha é para “não se aproximar nem manter conversas com pessoas estranhas do convívio pessoal, principalmente em redes sociais”. Além disso, não é recomendado “participar ou adentrar em comunidades nas redes que falem sobre violência de qualquer gênero”. E, caso algum aluno seja abordado na internet por algum perfil que tenha imagens violentas, a recomendação é bloquear o contato e reportar ao adulto mais próximo.

As escolas, na visão da Polícia, devem alertar os estudantes sobre os perigos das redes sociais “primando pela educação digital” e “ensinando sobre cybersegurança”. Um canal de diálogo também deve ser aberto com os alunos para que se sintam confortáveis em realizar denúncias de bullying e/ou comportamento agressivo. A cartilha também recomenda que seja oferecido atendimento psicológico.

Já os pais são orientados na cartilha a observar qualquer alteração de comportamento e de humor dos filhos e a estarem atentos ao que as crianças e adolescentes levam nas bolsas e mochilas para o ambiente escolar. O conteúdo acessado pelos estudantes na internet e nas redes sociais também deve ser monitorado pelos responsáveis.

Para a Polícia, isolamento, mudanças agressivas e repentinas no visual, comportamento e falas de ódio, agressão a animais, além de fascínio por temas violentos como guerra são sinais de alerta. “Negligência, violência familiar e ambiente tóxico são possíveis influenciadores de comportamentos agressivos”, diz o material.