Mais de 600 Famílias Sem Terra ocuparam a Fazenda São Lukas, em Hidrolândia, a 37km da capital. A área ocupada na madrugada deste sábado, 25, faz parte do patrimônio da União desde 2016. Mas, antes, a propriedade era de um grupo criminoso, condenado em 2009, pelos crimes de exploração sexual e tráfico de pessoas. O protesto faz parte de uma ação coordenada por essas mulheres em alusão ao Dia Internacional da Mulher.

Segundo a Polícia Federal, o grupo tinha 18 pessoas e utilizava o local para aprisionar dezenas de mulheres, a maioria delas adolescentes, que posteriormente eram traficadas para Suíça e submetidas a exploração sexual. Segundo a PF, o local foi adquirido com dinheiro do tráfico humano.

“Com nossa Jornada, denunciamos o crescimento das violências contra as mulheres do campo e esta área representa o grau de violências que sofremos”, explica Patrícia Cristiane, da direção nacional do MST.  De acordo com Cristiane, a ocupação também busca recolocar a pauta da terra na agenda.

O grupo criminoso chegaram a ficar na lista de Difusão Vermelha da Interpol – para foragidos internacionais.