Mulheres Sem Terra ocupam latifúndio para combater exploração sexual em Goiás
25 março 2023 às 17h10
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Mais de 600 Famílias Sem Terra ocuparam a Fazenda São Lukas, em Hidrolândia, a 37km da capital. A área ocupada na madrugada deste sábado, 25, faz parte do patrimônio da União desde 2016. Mas, antes, a propriedade era de um grupo criminoso, condenado em 2009, pelos crimes de exploração sexual e tráfico de pessoas. O protesto faz parte de uma ação coordenada por essas mulheres em alusão ao Dia Internacional da Mulher.
Segundo a Polícia Federal, o grupo tinha 18 pessoas e utilizava o local para aprisionar dezenas de mulheres, a maioria delas adolescentes, que posteriormente eram traficadas para Suíça e submetidas a exploração sexual. Segundo a PF, o local foi adquirido com dinheiro do tráfico humano.
“Com nossa Jornada, denunciamos o crescimento das violências contra as mulheres do campo e esta área representa o grau de violências que sofremos”, explica Patrícia Cristiane, da direção nacional do MST. De acordo com Cristiane, a ocupação também busca recolocar a pauta da terra na agenda.
O grupo criminoso chegaram a ficar na lista de Difusão Vermelha da Interpol – para foragidos internacionais.