A Câmara de Pires do Rio, município da Região da Estrada de Ferro a 145 quilômetros de Goiânia, se pronunciou sobre o afastamento da diretora da Casa após operação da Polícia Civil de Goiás (PC). A Operação Falso Olho, deflagrada na quarta-feira, 20, cumpriu três mandados de busca e apreensão e determinou o afastamento cautelar da diretora da Câmara da cidade.

As investigações tiveram início em 2022, após a descoberta de uma microcâmera espiã com captação de áudio instalada clandestinamente na sede da Câmara. Desde então, foram realizadas inúmeras diligências típicas de polícia judiciária com o objetivo de esclarecer o ocorrido. “Os mandados de busca domiciliar foram cumpridos nas residências dos suspeitos de envolvimento no ilícito, dentre eles, um vereador”, explicou a Polícia Civil.

Os nomes do vereador investigado e da diretora da Casa não foram divulgados pela PC e, por isso, a reportagem não conseguiu localizar a defesa. Foi deferido judicialmente o afastamento cautelar das funções da então diretora da Casa Legislativa, pelo período de 90 dias, conforme decisão da Justiça, pelo crime de escuta ambiental clandestina (art. 10 da Lei n. 9296/96).

Em nota, a Câmara de Pires do Rio declarou que desde o dia 20 de dezembro, quando foi notificada sobre a operação, envidou todos os esforços para cumprir a decisão judicial que determinou o afastamento cautelar e temporário da servidora sob investigação. “Informamos, ademais que a investigação policial, iniciada em 2022, permanece em andamento e sujeita a sigilo por parte da autoridade policial” (confira a íntegra abaixo).

Câmara Municipal de Pires do Rio. | Foto: Redes Sociais

“Agradecemos a compreensão da sociedade, confiantes de que, com serenidade e firmeza, superaremos este episódio e fortaleceremos ainda mais a credibilidade do Poder Legislativo. Estamos dedicados a restaurar a confiança e reafirmar nosso compromisso com os princípios democráticos e os valores que norteiam a gestão pública responsável”, finalizou o presidente da Câmara, Rodrigo Francisco Mesquita.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações continuam em andamento, em estado avançado. Assim que for realizada a análise do material probatório recolhido na operação, o inquérito será finalizado e encaminhado ao Poder Judiciário, com os devidos indiciamentos dos envolvidos na prática delituosa.