O próximo titular da Secretária Municipal de Finanças (Sefin), Cleyton da Silva Menezes, terá vários desafios até o final da gestão do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade). Nomeado na última sexta-feira, 11, ele assumiu o cargo que era de Vinícius Henrique Alves. Entretanto, a pasta ainda não confirmou quando o novo secretário será empossado.

Um dos primeiros desafios de Menezes na Sefin será a tramitação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 da capital goiana. A matéria foi enviada para a Câmara Municipal de Goiânia no dia 30 de setembro e agora está em análise na Diretoria Legislativa. Na sequência, o texto irá para a Comissão Mista, presidida pelo vereador Cabo Senna (PRD).

Segundo o parlamentar, o plano é discutir a LOA de 2025 com o próximo prefeito eleito, Sandro Mabel (UB) ou Fred Rodrigues (PL). “É importante a gente aguardar o próximo prefeito porque é interessante avaliar o que é melhor para cidade com a nova gestão. (…) Bem provável que essa discussão seja realizada apenas depois do segundo turno”, conta.

Ou seja, conforme o plano do presidente da Comissão Mista, a tramitação da LOA de 2025 terá interesse em três partes: Executivo, Legislativo e o próximo prefeito de Goiânia.

O Jornal Opção tentou entrar em contato com o próximo secretário de Finanças de Goiânia, mas a pasta informou que ele ainda não foi oficializado e não realizará entrevistas no momento.

Prestação de contas

Além da Lei Orçamentária para o próximo ano, Menezes também prestará contas junto ao prefeito na Câmara Municipal de Goiânia. A reunião com o Legislativo ainda não possui uma data marcada, mas deve ocorrer entre outubro e novembro, segundo Senna. Os dados que serão apresentados vão ser relacionados ao segundo quadrimestre deste ano.

Na última prestação de contas, referente ao primeiro quadrimestre de 2024, o Paço apresentou uma receita total de R$ 3,062 bilhões, o que representa um crescimento de 14,47% em comparação com o mesmo período do ano passado. As despesas ficaram na cada de R$ 3,034 bilhões, com um valor de R$ 1,44 bilhão para o pagamento de pessoal e encargos, além R$ 30,6 milhões destinados para cobrir os juros e encargos da dívida.

Anteriormente, a prestação de contas do último quadrimestre 2023 apresentou um déficit de R$ 111 milhões. No período, o município registrou R$ 8,23 bilhões de receitas realizadas e R$ 8,34 bilhões de despesas.

Déficit

Ao contrário de 2021 e 2022 quando a Prefeitura de Goiânia apresentou superávit de R$ 149.768.868,40 e R$ 423.040.943,05 respectivamente, o ano de 2023 teve déficit de R$ 111.059.051,75. Esse ano, a expectativa é de que esse ano as contas também fiquem no vermelho em R$ 116.682.888,06, segundo dados do Portal Cidadão do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM).

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