Após aprovar o aumento para 30% nos créditos adicionais do suplemento orçamentário, a Câmara Municipal de Goiânia poderá retornar para a porcentagem de anterior de 15%. A mudança pode ocorrer por conta de uma emenda apresentada nesta quarta-feira, 21, pela vereadora Aava Santiago (PSDB). Dessa forma, o valor voltaria a ser um montante de R$ 1,094 bilhões, ao invés de R$ 2,188 bilhões.

Para a parlamentar tucana, caso seja aprovada, a mudança significa uma redução do controle do Paço Municipal no orçamento da capital. “A medida reduz o poder da caneta do prefeito (Rogério Cruz). Ou seja, isso daria mais independência para a Câmara e menos jurisdicionalidade para a Prefeitura”, explicou.

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Conforme contou ao Jornal Opção, Aava já apresentou a emenda para o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023, vereador Igor Franco (Solidariedade). Ela também comentou que tem uma boa expectativa em relação a aprovação na Comissão Mista e entre os colegas parlamentares.

“Orçamento fica comprometido”

Em maio, o líder do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), vereador Anselmo Pereira (MDB), comemorou o aumento da porcentagem dos créditos adicionais para 30%. Segundo o decano da Casa, a aprovação do projeto era crucial para as contas de Goiânia. Ele também destacou que sem a mudança, seria necessário buscar dinheiros de outras áreas para utilizar durante emergências.

“É extremamente importante porque sem esse remanejamento, o orçamento do município fica comprometido. Ao nosso entender, ele é extremamente necessário ainda para acudir determinados casos, como a recente crise de violência nas escolas”, disse Anselmo, após a aprovação do texto na Câmara Municipal.