O mamífero, nascido no dia 12 de outubro de 2023, chama a atenção dos visitantes por não sair das costas da mãe, Amora. A sua apresentação formal ao mundo aconteceu nesta sexta-feira, dia 12 de janeiro, quando o filhote foi mostrado para o público pela primeira vez.

Após o nascimento, o filhote de tamanduá-bandeira passa a maior parte do tempo nas costas da mãe. A espécie tem uma faixa preta na lateral do corpo e com o nascimento de um filhote, a mãe posiciona a cria nas costas por nove meses sobre a banda preta, justamente para camuflar o filhote de possíveis predadores.

Esse fato chamou a atenção dos irmãos Francisco José, de 9 anos, e Vitória Maria, de 7, que acompanharam a apresentação do novo morador do Zoológico. “É como se fosse um uber, o filhote pega carona e fica grudadinho na mãe. Achei isso incrível”, disse o pequeno Francisco ao ver Amora e o filho passeando pelo recinto.

Amora foi resgatada pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) e encaminhada para o Zoológico administrado pela Prefeitura de Goiânia com dois meses de vida, após o atropelamento de sua mãe. Desde então, ela vive em um recinto adaptado. Já Gustavo, o pai do filhote que nasceu em Goiânia, foi encaminhado de outro Zoológico.

Com os dois animais vivendo em recintos próximos, a equipe do setor de mamíferos do Zoológico decidiu colocar os animais no mesmo espaço. A medida garantiu a reprodução do casal e o nascimento do novo tamanduá. “A reprodução fora do ambiente natural é difícil de ocorrer. No entanto, com os cuidados que os animais recebem aqui, foi possível garantir a reprodução da espécie”, explica o presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), Danilo Guimarães.

Esses animais vivem em recintos com vegetação que simulam ambiente natural e recebem uma alimentação balanceada. A bióloga responsável pelo setor de mamíferos do Zoológico de Goiânia, Marielly Amaral, celebra o nascimento. “O espaço, cuidadosamente preparado com vegetação que garante segurança e bem-estar dos animais, permitiu a reprodução da espécie. Ainda não sabemos o sexo do filhote porque o protocolo é não manusear o animal nos primeiros meses de vida”, destaca.

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