No início da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigava a Comurg, a empresa pública enviou várias caixas de documentos com 135 mil folhas ao todo. Dentro do material estavam cópias de todos os contratos firmados pela companhia. Na época, a situação até motivou a contratação de uma empresa de auditoria para auxiliar na análise, mas o problema voltou mais uma vez no processo de apuração.

Com as investigações finalizadas e o relatório entregue em agosto, a burocracia está longe de se encerrar. A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Goiânia precisa de uma cópia de todos os documentos produzidos pela investigação, incluindo as 135 mil folhas dos contratos da companhia.

Segundo o corpo técnico da CEI, não seria possível digitalizar as milhares de páginas repassadas pela Comurg. Ao mesmo tempo, a Diretoria Legislativa também não pode dar andamento ao processo de apuração. Ou seja, a situação está “travada” na Casa.

Caso o problema seja resolvido, o próximo passo seria o envio do processo para os órgãos competentes, incluindo o Ministério Público de Goiás (MPGO), Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) e a Comurg.