A Câmara Municipal de Goiânia aprovou nesta quarta-feira, 21, em segunda votação, o reajuste no piso salarial pra professores do ensino municipal da capital. Além da alteração nos salários, a proposta também prevê mudanças em outros benefícios, como gratificações de regência de classe e auxílio locomoção. Agora oficialmente aprovado na Casa, o texto será encaminhado para a sanção do prefeito Rogério Cruz (Republicanos).

Entretanto, apesar da aprovação ainda neste mês, a medida não valerá para a folha de pagamento de junho, segundo o relator do projeto, vereador Anselmo Pereira (MDB). De acordo com o parlamentar, não houve tempo para a inclusão porque o prazo para inclusão foi fechado no domingo, 18.

“Não dá mais tempo, mas o pagamento será feito de forma retroativa e cumulativa”, disse o líder do prefeito da Casa, em entrevista coletiva. “Abril, maio e junho, os três meses, serão pagos imediatamente no próximo mês. Pode ser no início, entre os dias 5 e 10 de julho, ou ainda no final do mês”, completou.

Para a secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Ludmylla Morais, é necessário celeridade para o pagamento do reajuste por conta do atraso. “Se considerarmos a lei, o piso está atrasado desde janeiro e a expectativa era de que o pagamento seria feito em maio, conforme a proposta apresentada pelo prefeito. Por isso, a categoria tem pressa do recebimento daquilo que é direito nosso”, explicou.

Morais também destacou que as ações do sindicato não vão parar apenas no reajuste para os professores da rede municipal. “A luta não para por aqui, estamos extremamente preocupados com a situação dos servidores administrativos da educação. Eles foram literalmente esquecidos pela gestão municipal”, pontuou a representante do Sintego.

“Nenhuma categoria hoje ganha menos do que os servidores administrativos da educação”, alertou, em entrevista para o Jornal Opção. “Hoje a média de salário dos administrativos é de R$ 1,3 mil, tirando os descontos básicos, previdência, etc. Esse trabalhador recebe menos do que um salário mínimo para a sobrevivência”, completou.

Além da situação dos administrativos, a diretora também exigiu que o Paço Municipal também atualize o data-base e o plano de carreira.

Segundo Anselmo, as outras exigências do Sintego estão sendo analisadas financeiramente, mas estão todos em “pauta” no Paço Municipal. “A Prefeitura tem todo o interesse em cumprir essas demandas que estão represadas desde administrações anteriores. A medida que a demanda do servidor é realizada, você faz o impacto financeiro pra verificar se não atinge o limite prudencial financeiro”, justificou.