BRT deve entrar em operação em junho, diz Prefeitura de Goiânia
02 abril 2024 às 09h32
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De acordo com a Prefeitura de Goiânia, a gestão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) entregará o BRT Norte-Sul em operação nos próximos meses. O projeto foi iniciado em 2015, com previsão para entrega em 2020, mas uma série contratempos resultou em severos atrasos. Ao Jornal Opção, a Prefeitura informou que acredita que até julho as obras devem ser concluídas, mas isso vai depender do consórcio que irá operar.
“Encaramos os impasses, resolvemos inconsistências do projeto original e estamos trabalhando para a conclusão dessa grande obra desde o início de nossa gestão. Esta administração ficará marcada na história como aquela que entregou o BRT em execução, transformando a realidade de Goiânia para melhor”, destaca o prefeito Rogério.
O secretário de Infraestrutura Urbana, Denes Pereira, explica que a gestão enfrentou problemas que afetaram o planejamento e causaram mais atrasos na obra. “Esta obra, de concepção em 2015, já era para ter sido entregue há 3, 4 anos. Mas infelizmente havia vários problemas no projeto. Tivemos problemas também na área ambiental, e no próprio Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional], porque essa obra passa onde há tombamento, e isso a atrasou em muitas situações. Além da pandemia, quando faltaram insumos e mão de obra”, explica o secretário.
As equipes de Infraestrutura Urbana já concluíram a construção das 31 plataformas do trecho 2 do BRT. Os trabalhos estão em fase de ajustes finais. O BRT deve beneficiar mais de 150 mil cidadãos mensalmente, proporcionando agilidade e maior fluidez no trânsito.
Irregularidades
Iniciadas em 2015, a previsão inicial era que fossem finalizadas em 2020. No entanto, as obras do BRT Norte-Sul foram paralisadas em 2017. Isso porque uma fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) detectou irregularidades no processo de licitação para o trecho que liga os terminais Isidória e Cruzeiro. Mas, antes disso, o projeto já estava andando a passos lentos. “O projeto e a execução são de 2013 e a licitação só ocorreu em 2014”, destacou Denes Pereira em entrevista ao Jornal Opção.
A obra só voltou a andar em 2018, depois de que foi firmado um novo cronograma e a empresa responsável pela obra deveria ter entregue tudo em 2020. O não cumprimento do prazo levou à rescisão do contrato e à realização de um novo processo licitatório. “O prefeito Rogério assumiu a obra em 2022 e tem dado andamento”, pontuou. Com a chegada das obras ao Centro de Goiânia, a Praça Cívica sofre com alterações no trânsito e na sua paisagem desde julho de 2021.
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