Atlético decepciona outra vez e é eliminado nos pênaltis
09 setembro 2022 às 10h13
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Jogando de uma forma covarde e medrosa, o Atlético Clube Goianiense perdeu para o São Paulo pelo placar de 2×0, no tempo normal da segunda partida da semifinal da Copa Sul-Americana, na noite dessa quinta-feira, 8, no estádio do Morumbi, em São Paulo. Com a vitória, o tricolor paulista levou a decisão para as penalidades, onde foi mais eficiente e eliminou o clube goiano
Para o Dragão, aquela história de que um raio não cai duas vezes em um mesmo lugar, não é verdadeira. No Atlético, caiu sim. Assim como na Copa do Brasil, quando os goianos tinham uma vantagem de 2×0, mas levaram uma balaiada do Corinthians na Neo Química Arena, a história de desclassificação se repetiu na noite de ontem.
Há uma máxima que serve para tudo nessa vida: “a coroa não é para os medrosos e covardes”. Pois foi exatamente assim que se portou o time atleticano. O rubro-negro não teve ousadia, não se posicionou como quem desejava seguir em frente e mostrou que não aprende com os seus próprios erros, pois, cometeu os mesmos já cometidos contra o Corinthians: sentou em cima do regulamento e chamou o adversário para cima o tempo todo.
O camisa 10 Jorginho – que faz um jogo bom e três ou quatro abaixo da média – não é um jogador em quem o time pode contar, justamente porque não tem regularidade. O time, no geral, não foi competitivo. Infelizmente, a verdade é que o verdadeiro Atlético da temporada é o Atlético do Campeonato Brasileiro, apesar do desempenho que permitiu o time avançar nas copas Sul-Americana e do Brasil.
Em entrevista concedida à rádio Sagres logo após o jogo, o presidente do clube, Adson Batista, disse que o time realmente não mostrou competitividade, deixando a desejar nesse quesito, e assumiu toda a culpa pela eliminação. Ele ainda argumenta que, “pelo fato de o clube ter objetivado as copas, deixado o Brasileiro meio que de lado e, agora não conseguindo chegar a nenhuma das finais e ainda com um sério rico de ser rebaixado, as pessoas poderão jugar, mas temos que entender que, o Atlético está no caminho certo”.
Na verdade, o fato de o time ter se dado bem nas Copas pode ter motivado todos no clube, que se empolgaram com a possibilidade de chegar a uma final histórica (o que seria realmente excelente para um clube emergente). No entanto, se esqueceram que o Atlético não tem elenco para disputar três campeonatos. Como disse o próprio Adson, “tentamos abraçar o mundo”. Talvez esse tenha sido o maior erro daquele que é um dos maiores dirigentes de futebol do Brasil.
O novo treinador da equipe, Eduardo Baptista, tem agora só uma missão (a mais difícil de todas): salvar o time de um rebaixamento eminente para a série B. Talvez, agora eles enxerguem a posição que o time está no Brasileirão e a pouca luz da vice-lanterna os façam enxergar que o buraco está logo ali, embaixo dos seus pés.
Não há tempo para lamentos, o time já tem uma decisão pela frente no Campeonato Brasileiro da Série A, fora de casa contra o Coritiba. O jogo será neste domingo, 11, às 16h, e vale como decisão. É assim mesmo que os jogadores têm de encarar os próximos jogos, se quiserem trocar a vice-lanterna pela luz do sol.