TSE reforça que votos nulos e em branco não anulam a eleição
26 setembro 2022 às 12h17
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Diante de um bombardeio de informações falsas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reforça que os votos em branco e os nulos não têm valor algum. Eles são descartados do processo de apuração e considerados apenas como estatística.
“Um dos principais mitos do processo eleitoral se refere a uma suposta interferência dos votos em branco e dos nulos no resultado da eleição. Como são considerados inválidos, esses votos em nada interferem, tampouco beneficiam quaisquer candidatos. Isso não passa de um boato” completa.
O comunicado destaca que apenas os votos válidos, aqueles destinados a um candidato ou a um partido, entram na contagem. “Vale lembrar que a Constituição brasileira estabelece as ‘regras do jogo’. E nela está escrito que o candidato eleito é aquele que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os em branco e os nulos, que são considerados inválidos. Portanto, apenas os votos válidos, aqueles destinados a um candidato ou a um partido, entram na contagem”, ressalta o TSE.
A Corte Eleitoral também lembra que os votos para cada cargo são independentes. Se o eleitor votar apenas para presidente da República e optar por votar em branco para os outros cargos, o voto para presidente vai valer do mesmo jeito.
“Muitas fake news afirmam que, neste mesmo exemplo, o voto para presidente deste eleitor seria anulado, pois seria considerado um ‘voto parcial’. Mas isso simplesmente não existe”, afirma o TSE.
O TSE fez questão de desmentir outro mito. “Se a maioria dos eleitores anular o voto ou votar em branco, a eleição inteira deve ser anulada? A resposta é não. Muitos já receberam essa falsa informação, porém o caso é o mesmo do item anterior. Apenas os votos válidos são considerados no pleito.”
Essa desinformação que circula nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens, afirma que, segundo o artigo 224 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965), se mais de 50% dos votos de uma eleição forem nulos, o pleito deverá ser anulado.
No entanto, na verdade, o dispositivo prevê a necessidade de marcação de nova eleição se a nulidade atingir mais de metade dos votos do país em decorrência da constatação, pela Justiça Eleitoral, de fraude no pleito, como, por exemplo, eventual cassação de candidato eleito condenado por compra de votos.
“Todos esses falsos conteúdos já foram desmentidos várias vezes pelo TSE, por outros órgãos da Justiça Eleitoral e por veículos de comunicação de credibilidade, além de agências de checagem. Por isso, para votar consciente, não caia na desinformação e consulte fontes confiáveis”, finaliza o TSE.