Pesquisa do Ipespe realizada em maio deste ano apontou que as questões ligadas à saúde estão entre as principais preocupações para 15% dos eleitores neste ano eleitoral. De todas as questões, como economia, inflação e outras, os brasileiros apontam que o assunto será uma das prioridades na hora de escolher os seus representante. Em Goiás não deve ser diferente e alguns candidatos concorrem à Câmara dos Deputados com a pauta da Saúde, com o foco também de buscar representar a classe no Poder Legislativo.

O candidato à reeleição a deputado federal Dr Zacarias Calil (União Brasil) explicou ao Jornal Opção que a presença de políticos médicos na Câmara dos Deputados contribui para a prestação de serviços de excelência do Sistema Único de Saúde (SUS) aos brasileiros. “Eles ajudam a defender a Saúde de qualidade, como a valorização do SUS. No período de pandemia de Covid-19, esse sistema exerceu um papel importante”. Terceiro deputado federal mais votado nas eleições de 2018, com 151 mil votos, o médico é presidente da Subcomissão Especial do SUS, da Comissão de Seguridade Social e Família, na Câmara dos Deputados.

Para fomentar o funcionamento de atividades nos hospitais e postos de saúde públicos brasileiros, Calil defende o fortalecimento da bancada médica em Brasília. “Com isso, a bancada vai expandindo poder para conseguir defender e até frear abusos contra a Saúde brasileira, como por exemplo o projeto que previa autorização de venda de remédios em supermercados, e a abertura indiscriminada de cursos de Medicina em instituições educacionais, sem devidas estruturas, dentre outras”.

No entanto, o deputado federal critica a pulverização de votos entre a classe. “O setor médico deve apoiar os candidatos com maior densidade eleitoral para que possam ser representados no Congresso Nacional. Depois disso, os profissionais eleitos têm a obrigação de valorizar a sociedade, o SUS e a classe em geral. Há pautas que se o setor não apresentar força, perde em votações”.

Apesar da defesa da pauta, Zacarias critica políticos ligados à área que abandonam as demandas de origem. “Às vezes são eleitos com o nome da Medicina, mas chegam lá e trabalham em outras comissões, como, por exemplo, a do agronegócio. Os profissionais que levam os temas médicos precisam defender, sobretudo, a sociedade e a classe”, pontua.