Por Ângela Moureira, Letícia Brito e Nielton Soares dos Santos

Em encontro com prefeitos na noite desta segunda-feira, 1º, presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e pré-candidato ao Senado, Lissauer Vieira (PSD), confirmou que será candidato no isolado e manterá o apoio reeleição do governador Ronaldo Caiado (UB). Lissauer reconheceu que se preparava para uma candidatura única, mas afirmou que não há como impedir que outros nomes se lancem com apoio da base governista – uma vez que a legislação permite candidaturas independentes. 

“Minha conversa com Vilmar Rocha [presidente do PSD] para me filiar ao partido foi sempre pautada pela composição na base do governo. Claro que tivemos, ao longo desses dias, a procura de outras bases, mas o PSD sempre foi um partido que teve coerência”, afirmou o pré-candidato. 

Nesse sentido, o presidente da Alego conta que a sigla se organiza para seguir apoiando a reeleição de Caiado. “O partido está conduzindo esta estrutura partidária para podermos, na sexta-feira, tomarmos a decisão mais coerente para o partido e, claro, caminhando no rumo que é a composição com a chapa de reeleição do governador Ronaldo Caiado”, pontuou.

No total, 24 prefeitos participaram do encontro, organizado pela Federação Goiana dos Municípios (FGM) e Associação Goiana de Municípios (AGM), em apoio à pré-candidatura de Lissauer Vieira, em Goiânia, nesta segunda-feira. Em entrevista no local, Lissauer reconheceu que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de autorizar candidaturas avulsas, alterou os rumos da articulação.

“Nossa meta sempre foi lançar candidatura única, nosso trabalho foi para isso. Mas a legislação permitiu e não temos como impedir outros partidos de lançarem candidaturas. Tudo vai ser definido até sexta-feira. Agora, é uma questão que sobrepõe qualquer vontade pessoal ou partidária”, pontuou Lissauer Vieira.

Durante falas em eventos recentes, o presidente da Alego demonstrou insatisfação com a possibilidade de não ser nome único na disputa ao Senado, pela chapa governista. Hoje, no entanto, afirmou que as falas fazem parte de um contexto em que se pretende “buscar espaço ou ter entendimento” e que estas questões estão superadas.

“Não existe nenhum tipo de diálogo e negociação que não envolva alguma discussão e posicionamento em momento oportuno. Tenho uma história da minha gestão em parceria com o governador ao longo destes três anos e meio. Nós assumimos um estado com dificuldades enormes, eu como presidente da Assembleia, o governador como gestor do executivo estadual. Fizemos várias parcerias, nos unimos em matérias extremamente difíceis, fizemos talvez uma das maiores reformas históricas para reequilibrar as finanças do estado. E isso foi em atos de muita confiança de ambas as partes, tanto minha quanto do governador Ronaldo Caiado”, afirmou. “Não tem dificuldade nenhuma de convivência com o governador – muito pelo contrário, temos uma amizade pessoal – nem com membros da base aliada do governo”, concluiu o presidente da Alego.

Segundo dados do RealTime Big Data, pesquisa encomendada e divulgada pela TV Record Goiás na quinta-feira (28), Lissauer aparece com 3% das intenções de voto. Nesta segunda-feira, o pré-candidato afirmou acreditar que o eleitorado ainda está focado na eleição para presidente da república e não começou a analisar profundamente as possibilidades para o Senado. “Os números estão muito iguais entre vários candidatos. Acho que está aberto e tem um campo muito grande para ser trabalhado no futuro”, argumentou.

Sobre seu suplente na chapa, Lissauer afirmou que deve ser um nome do PSD e disse que “seria uma grande honra” ter o nome do presidente da sigla, Vilmar Rocha, na suplência. O partido tem até 5 de agosto, fim do prazo das convenções, para tomar a decisão.