O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) divulgou que, se for reeleito, vai construir novas policlínicas; interiorizar o tratamento de câncer e de reabilitação, ampliar a hemodiálise. Além disso, ele pretende finalizar o hospital estadual de Águas Lindas e entregar a Goiânia um hospital público no tratamento oncológico, cujo projeto executivo já está pronto e o terreno já foi cedido pelo governo federal.

O chefe do Executivo prevê ainda a modernização dos serviços ofertados via Sistema Único de Saúde (SUS) e um trabalho condutor das gestões municipais. Com essas e outras ações, o governador Ronaldo Caiado mantém, se reeleito, o foco de garantir que os goianos encontrem o tratamento na rede pública.

Para isso, a atual gestão construiu 6 policlínicas (Posse, Goianésia, Quirinópolis, São Luís de Montes Belos, Formosa e Cidade de Goiás), com serviços de média e alta complexidade. Foram também estadualizados e ampliados sete hospitais e entregues o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano, em Uruaçu, e o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia.

Segundo o plano de governo, essa interiorização vai avançar no segundo governo, com a construção de novas policlínicas e, por meio delas, a ampliação de tratamentos específicos, criando redes de oncologia, hemodiálise e reabilitação. “Conseguimos estruturar uma ampla rede de saúde no interior do Estado, com leitos de UTI e atendimento especializado. Acabamos com aquela história de que, para receber qualquer atendimento em saúde de média e alta complexidade, a pessoa precisava pegar uma ambulância e ir pra capital”, afirma Caiado.

Os leitos de UTI da rede pública, que antes somavam apenas 244, distribuídos em Goiânia, Aparecida e Anápolis, subiram na atual gestão para 920, espalhados por 23 municípios. “Se eu tiver a oportunidade de um segundo mandato, vamos aprofundar muito esse processo de regionalização da saúde, ampliando a oferta de atendimento e as especialidades médicas”, conclui.

Em fevereiro deste ano, após uma total readequação do projeto para atender as demandas atuais, o Estado retomou a construção do hospital estadual de Águas Lindas, ampliou em mais de 4 mil metros quadrados a nova unidade. A gestão assegurou também investimento de R$ 87,2 milhões, com previsão de entrega em julho de 2023.

Quando entrar em funcionamento, o hospital estadual de Águas Lindas vai atender a população de todo o Entorno do Distrito Federal com banco de leite humano, banco de sangue/agência transfusional, 10 leitos de UTI neonatal, 10 de UTI pediátrica, 20 de UTI adulta e 32 de pronto-atendimento, todos prevendo leitos de isolamento.

Hospital do Câncer

Inclusa nas propostas para o próximo governo, a construção de um hospital oncológico em Goiânia teve seus primeiros passos adiantados ainda nessa atual gestão. O governador conduziu o processo e teve efetivada a doação do terreno ao Estado, uma área que fica às margens da BR-153, em frente ao aeroporto de Goiânia, para abrigar a nova unidade de saúde. O início da construção está prevista para os próximos meses.

O Hospital Estadual do Câncer de Goiás foi projetado por Caiado com base no Hospital do Amor de Barretos (SP) para ser o maior hospital oncológico da América Latina, com área superior a 170 mil metros quadrados. O tratamento oferecido na unidade será baseado na identificação precoce de tumores, atendimento clínico e cirúrgico, quimioterapia, radioterapia e UTI especializada.

O projeto contempla ainda um setor de hospedagem para abrigar familiares de pacientes que estiverem em tratamento. O governador anunciou que vai inaugurar inicialmente o tratamento oncológico para crianças e o tratamento para doentes adultos virá na segunda fase do cronograma de funcionamento da unidade. Inserir outros hospitais públicos na rede de atendimento oncológico do Estado também faz parte do plano do governador Ronaldo Caiado para o próximo mandato. No Hospital de Uruaçu, foi inaugurada em junho uma ala de atendimento oncológico.

Integração dos serviços

O plano de governo do candidato do União Brasil propõe ainda ampliar as equipes multidisciplinares da internação domiciliar para pacientes com necessidade de tratamento permanente ou prolongado; impulsionar o atendimento na “saúde primária” com suporte e coordenação aos municípios, inclusive com vistas à criação de uma rede de Atenção Primária. Além disso, fortalecer as ações de saúde bucal, incluindo kit higiene nas cestas básicas e acrescendo dentistas nas equipes de saúde da família e também ampliar atendimento em saúde mental com aumento de Centos de Atenção Psicossocial (Caps).