De Meirelles a Boulos, Lula reúne e recebe apoio de oito ex-presidenciáveis em SP
19 setembro 2022 às 12h45
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De perfis que vão da esquerda à centro-direita, oito ex-candidatos à Presidência da República estiveram presentes em um evento na capital paulista na manhã desta segunda-feira, 19, para fechar questão com a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Estiveram presentes Guilherme Boulos (PSOL), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSB), Fernando Haddad (PT), Henrique Meirelles (União Brasil) e João Goulart Filho (PCdoB), todos postulados na mais recente disputa ao Planalto, em 2018. Também compuseram a mesa Luciana Genro (PSOL) e Cristovam Buarque (Cidadania), que participaram de outros pleitos presidenciais – ela em 2014 e ele ainda em 2006, pelo PDT.
Em seu momento de fala, o ex-presidente disse que a reunião de ex-adversários simbolizava “a vontade que as pessoas têm de recuperar a democracia no País”. “Essa fotografia simboliza a reconstrução do Brasil”, declarou Lula.
O petista também comentou que há muito não conversava com alguns dos presentes, como Luciana Genro, Cristovam Buarque, Henrique Meirelles e Marina Silva – com esta, ele “reatou” na semana passada. Mais uma vez, afirmou que está trabalhando para ganhar a eleição no primeiro turno.
Cristovam, Marina e Meirelles praticamente não falaram com Lula desde que deixaram o governo, respectivamente em 2004, 2008 e 2010. Os dois primeiros, diga-se, tinham ficado bastante magoados, e o ex-presidente lembrou-se isso no discurso. Luciana Genro também foi uma conquista do petista. Integrante do partido entre 1987 e 2003, ela tornou-se uma das mais ferrenhas opositoras ao PT dentro do partido.
Presidente do Banco Central durante os dois governos Lula (de 2003 a 2010), Henrique Meirelles disse, em seu discurso, que os números da gestão do petista “são fatos que falam por si” e que por isso ele estava ali.
Marina Silva lembrou que a união se faz necessária para derrotar “Bolsonaro e o bolsonarismo” e para que as pautas do meio ambiente, da causa indígena e das minorias tenham respaldo no eventual futuro governo.