Corrida para o Senado pode ter emoções na reta final, aponta professor da UFG
30 setembro 2022 às 14h03
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Pesquisa Real Time Big Data divulgou nessa quinta-feira, 29, índices de intenção de voto para senador em Goiás. No levantamento, 9% dos eleitores ainda se declaram indecisos, mesmo percentual dos que declararam que anulariam ou não votariam. Com isso, 18% dos votos que poderia ir para os candidatos na disputa, ainda estão em aberto. Ainda segundo os números, Marconi Perillo (PSDB) lidera a disputa, com 30%, contra 16% de Delegado Waldir (UB).
Para entender melhor a conjuntura da corrida pelo Senado, o Jornal Opção conversou com o professor de Ciência Política da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (FCS-UFG), Pedro Santos Mundim, sobre a indecisão que perdura no pleito. Segundo o docente, apesar das eleições estarem próximas, a situação está normal e dentro do esperado.
“Mesmo sendo uma eleição majoritária, sem segundo turno, muitas pessoas ainda não decidiram voto em relação ao Senado. Muita coisa pode acontecer porque é normal que o número de indecisos ou de não-respostas (brancos, nulos e não vão votar) caia”, explicou o docente, destacando que o cenário consolidado só ocorrerá no dia das eleições. “Acredito que vamos ter emoção nessa disputa, ao contrário da corrida para o governo”, completou.
Entre as possibilidades de mudanças, Mundim observa que podem acontecer rearranjos nas distribuições de eleitos em relação às candidaturas. Por conta da ausência de segundo turno e com o cenário aberto, um candidato com percentual baixo nas pesquisas pode ter chances de se eleger no domingo.
O professor também entende que também é normal a demora em decidir o voto para o Senado em relação aos cargos de presidente e governador.
“É possível observar que os cargos executivos são campanhas mais vistosas, no qual os eleitores decidem mais rapidamente. Além da própria imprensa e o próprio debate público das eleições que ocorrem em função dos candidatos a prefeito, governador e presidente. Já no Senado, o eleitor ainda se confunde muito com eleição proporcional para deputado ou vereador, o que causa essa demora. Nesse caso, muitas pessoas vão se decidir apenas na reta final”, explicou Mundim.