Neste domingo, 30, acontece o 2º turno das eleições presidenciais e governamentais no Brasil. Com a tensão que antecede o período, tanto por parte dos candidatos quanto dos eleitores, as famosas fake news surgem com mais frequência, na intenção de descredibilizar o opositor(a) ou fazer com que as pessoas acreditem em comportamentos que não são fidedignos, ações que acontecem, sobretudo, nas redes sociais.

No Brasil, um estudo da empresa de cibersegurança Avast mostrou que 79% dos brasileiros tiveram contato com notícias falsas sobre as eleições pelas redes sociais. Mais da metade dos eleitores, 57%, não acredita ou não tem certeza se essas plataformas são fontes confiáveis de informações. Outros 86% acreditam que as redes sociais devem ser responsáveis por remover notícias falsas.

Diariamente, muitos perfis e veículos de comunicação trabalham para desmentir informações falsas e, por conseguinte, comprovar a seriedade de suas atuações. É um trabalho muito grande, pois são informações compartilhadas até por figuras  públicas, que têm milhões de seguidores. Para evitar que os eleitores fiquem perdidos, o Instagram habilitou um alerta para toda vez que uma fake news é compartilhada, com uma mensagem informando que esse conteúdo não é verdadeiro.

Na reta final das eleições, fica até difícil entrar nas redes e não se deparar com notícias que tenhamos que nos perguntar sobre a procedência. Essa estratégia de disseminação de fake news atrapalha diretamente na campanha eleitoral do candidato. “Estrategicamente, as campanhas políticas divulgadas na internet são essenciais para alavancar o conceito político de um candidato. Porém, é preciso interagir de forma correta, com ações de marketing estratégicas que tragam em suas performances resultados positivos. As redes sociais são ferramentas indissociáveis de qualquer campanha política, mas é preciso ter responsabilidade e um plano inteligente para corroborar com o trabalho”, ressalta Erivam Bandini, especialista em marketing Digital e Sócio Diretor da Box Ideias.

A internet é um ótimo recurso de um político, mas seu mau uso pode fazer com que se crie uma verdadeira crise de imagem. Por isso, é muito importante se atentar sobre o discurso que pretende compartilhar e sobre as regras na internet. O DJE (Diário da Justiça Eletrônico) publicou, neste ano, a Resolução 23.610, que dispõe sobre as regras da propaganda eleitoral. Segundo a resolução, é livre a manifestação de pensamento de um eleitor através da internet. Neste meio, a campanha será limitada caso ofenda a honra ou a imagem dos demais políticos, partidos, federações partidárias, principalmente quando se tratar de notícias falsas.