Presidente do Sintego requer disque-denúncia e vigilantes nas escolas para casos de violência
12 abril 2023 às 10h20
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Durante a sessão ordinária desta terça-feira, 11, na Assembleia Legislativa, a deputada Bia de Lima, do Partido dos Trabalhadores (PT), apresentou três requerimentos que abordam a segurança nas escolas de Goiás. A parlamentar, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), enfatiza a importância de tomar medidas coordenadas para prevenir e combater atos violentos e garantir a segurança de toda a comunidade escolar.
“A utilização de um disque-denúncia específico para atentados em escolas será uma ferramenta importante para ajudar a prevenir esses tipos de incidentes. Junto a um grupo temático, formado por pastas sensíveis do governo estadual, estudantes, professores, pais e membros da comunidade poderão reportar qualquer suspeita ou ameaça de violência nas escolas, permitindo que as autoridades investiguem e municiem o sistema de inteligência estadual”, ressalta.
Um dos requerimentos refere-se à criação de um serviço telefônico gratuito e específico para receber denúncias de possíveis atentados em qualquer lugar do estado.
A solicitação acontece em meio ao crescente aumento de casos de violência nas escolas brasileiras, que infelizmente também afetam o estado de Goiás. Somente nesta terça-feira, um adolescente de 13 anos foi detido após atacar e ferir com facadas dois colegas em uma escola estadual em Santa Tereza de Goiás, enquanto outro jovem de 16 anos foi detido por ameaçar massacres em duas escolas na cidade de Rio Verde.
Vigilância nas escolas
Em outros dois requerimentos, Bia de Lima solicitou no âmbito estadual, com envio de expediente ao governador Ronaldo Caiado, bem como à secretária de Educação, Fátima Gavioli, solicitando um vigilante em cada uma das unidades escolares estaduais de Goiás.
No âmbito municipal, a solicitação do envio é destinada ao prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, e ao secretário de Educação, Wellington Bessa, para que seja feita a intensificação de rondas e patrulhamentos preventivos da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a manutenção de um guarda em cada unidade escolar, que somam mais de 370 em toda a região metropolitana.
Uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), aponta que nos últimos 20 anos foram registrados 24 ataques com violência extrema em escolas no Brasil. Entre 2022 e 2023, 28 estudantes morreram, além de quatro professores e dois profissionais de educação. Somente em 2022 e 2023, o número de ataques em escolas no Brasil já supera o total registrado nos 20 anos anteriores, segundo pesquisadores.