Além das categorias que já estão de greve no funcionalismo público, mais 3 planejam entrar em greve neste mês de abril. Como antecipado no Jornal Opção, funcionários federais da educação básica, profissional e tecnológica dos Institutos Federais vão aderir ao movimento de paralisação geral a partir desta quarta-feira, 3.  Em Goiás, os grevistas realizam um ato da Praça Cívica até a Praça Universitária, seguido de panfletagem na Praça e nas unidades/órgãos adjacentes, com encerramento no Restaurante Universitário (RU) do IF.

Os professores das universidades federais também devem aderir à greve no dia 15 de abril. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores técnico-administrativos em Educação do Estado de Goiás (Sint-Ifesgo), a categoria está sem reajuste salarial há quase sete anos e, até o momento, não houve um indicativo de reajuste nas mesas de negociações.

Em nota, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) ratificou as reivindicações dos Técnicos Administrativos em Educação e reitera seu apoio às demandas apresentadas pela categoria. No dia 17 de abril, uma marcha em Brasília deve reunir todos os setores em uma única manifestação.

As manifestações ocorrem por falta de negociação de reajustes e mudança nos planos de carreira. Os funcionários dos Correios irão decidir em uma assembleia nesta quarta-feira se iniciarão uma paralisação geral. Os trabalhadores estão reivindicando a abertura de concursos públicos, melhorias nas condições de trabalho e o cumprimento do acordo coletivo assinado em novembro de 2023, de acordo com a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em empresas de Correios e Telégrafos e Similares).

Na última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), na figura do secretário José Lopez Feijóo, reafirmou a proposta do governo de reajuste 0% para 2024. Em contrapartida, a bancada sindical expôs indignação frente à letargia do governo. As entidades sindicais enfatizaram também que a proposta de congelamento salarial em 2024 é inaceitável e um desrespeito com as categorias.

A data, definida pelo Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais (Fonasefe), foi incorporada na agenda de lutas das e dos docentes das universidades, institutos federais e cefets na última reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino (Ifes), que também apontou o 15 de abril como indicativo de greve das professoras e dos professores das IFE, organizados no ANDES-SN.

Nota do IFG

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) reforça a relevância das pautas defendidas pelo movimento paredista dos Técnicos Administrativos em Educação (TAEs), especialmente a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) e a recomposição salarial.

Reconhecemos a importância e a contribuição desses profissionais para o funcionamento da Instituição e para a materialização do direito à educação de todos os brasileiros. É imprescindível ressaltar que os Técnicos Administrativos em Educação desempenham um papel fundamental na garantia da educação pública, laica, inclusiva, justa, de boa qualidade e socialmente referenciada, atuando nas inúmeras atividades de ensino, de pesquisa, de extensão, de inovação, de administração e de gestão.

Entendemos que a reestruturação da carreira e a recomposição salarial são demandas legítimas, que refletem a necessidade de valorização e o reconhecimento da categoria. Uma carreira equitativa e atrativa contribui para o fortalecimento da Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

Nesse sentido, o IFG ratifica as reivindicações dos Técnicos Administrativos em Educação e reitera seu apoio às demandas apresentadas pela categoria.

Confira a agenda definida pelo Setor das Ifes:

– 26 de março a 9 de abril: Rodada de assembleias nas seções sindicais do ANDES-SN;
– 3 de abril: como Dia Nacional de Mobilização e Paralisação, com foco em ações nos estados, em articulação com os demais servidores/as;
– 10 de abril: reunião do Setor das Ifes;
– 15 de abril: indicativo de deflagração de greve da base do ANDES-SN;
– 16 a 18 de abril: Jornada de lutas do Fonasefe, com atividades em Brasília:
– 16/04: Audiência pública na Câmara Federal 
– 17/04: Caravana e Marcha em Brasília dos servidores e das servidoras
– 18/04: atividades setoriais, possibilidade de ato no MEC das entidades da Educação.

Leia mais: Em greve, técnicos das universidades e institutos federais param de emitir matrícula e colação de grau