A polarização política invadiu as salas de aulas. “O Lula é ladrão” ou “ o Bolsonaro é genocida”, essas são frases comuns quando não há nenhum professor na sala, os grupo de alunos começam um debate. Apesar da política construir um campo democrático, muitas vezes o assunto acaba se tornando conflito. 

O coordenador do colégio planeta, Célio Knupp comenta a relação entre alunos e professores. “É completamente normal, existe a polarização, mas no ambiente escolar ela é facilmente controlada, normalmente o professor discute o assunto em sala de aula e há uma troca de opiniões”, argumenta. 

Por outro lado, as discussões se estendem até mesmo fora do ambiente escolar e vão parar em casa. O coordenador cometa que os pais as vezes não concordam com a mesma ideia dos professores. “Quando o aluno leva o debate para os pais, os pais acabam não aceitando o filho aparecer com uma opinião diferente da dele”, esclarece. 

Se as discórdias, fruto da polarização política no país, invadem o ambiente familiar e o círculo de amizade entre os adultos, entre os adolescentes a situação não é diferente. Afinal, eles estão em um ambiente de absorver conhecimento. 

Repercussão

Rocha, professor da rede de ensino particular de Goiânia aponta uma incompatibilidade de ideia. “A sala de aula reflete exatamente o que a gente tem fora da sala na sociedade civil em geral. Em termos gerais temos uma polarização muito grande entre alunos e professores e entre alunos e alunos”, comenta.

O educador ainda comenta que as escolas acabam cerceando a liberdade de alunos e professores para um debate saudável. “A maioria das escolas tanto pública quanto privada exigem que seus professores não discutam política em sala de aula”, desabafa.

Diante desse cenário o desafio é trabalhar uma perspectiva de educação de direitos humanos, pautada pela igualdade, sem distinção de gênero, etnia, orientação sexual e, principalmente, política.