O Sindicato dos trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) segue buscando junto ao Paço Municipal de Goiânia, uma proposta concreta que contemple as reivindicações dos/as Administrativos/as da Rede Municipal de Educação. Até a manhã desta quinta-feira, 26, apenas uma proposta foi apresentada no dia 16 deste mês, explicou o Sindicato.

A reivindicação dos servidores administrativos é para que haja equiparação no auxílio locomoção com o dos professores, além do envio do Novo Plano de Carreira e pagamento do data-base 2023. “O Sintego segue trabalhando e encontra-se aberto para conversar e resolver a situação com o prefeito de Goiânia, para que uma proposta digna e concreta seja feita. E assim, a categoria possa apreciar e em nova Assembleia e desta forma, decidir os caminhos da greve”, comunicou o sindicato em nota.

Procurada pelo Jornal Opção, a Prefeitura de Goiânia ainda não se manifestou sobre o assunto.

Na manhã desta quarta-feira, 25, o Sindicato esteve na Câmara Municipal de Goiânia dialogando com os vereadores presentes para que estes auxiliassem no diálogo com o Paço. “Durante a comemoração aos 90 anos de Goiânia, os/as Administrativos/as em greve desde o dia 02 deste mês, estiveram de forma pacífica reivindicando suas pautas. O Bloco da Educação desfilou pela avenida 24 de outubro panfletando para a população presente as pautas que estão sendo reivindicadas e acompanharam toda solenidade em frente ao palco das autoridades”, explicou o sindicato.

Greve na educação em Goiânia

Os servidores administrativos da Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia continuarão em greve por tempo indeterminado. Segundo a deputada estadual e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, a Prefeitura ainda não enviou uma proposta de negociação e, por isso, a paralisação seguirá até o pagamento dos servidores.

Pelo menos 120 unidades escolares e Centros Municipais de Educação Infantil em Goiânia, de um total de 400, enfrentam interrupções nos serviços devido à greve dos servidores administrativos da Educação, iniciada nesta segunda, 2.

Um dos serviços mais afetados pela greve é o de limpeza, já que a maioria dos auxiliares da Prefeitura de Goiânia aderiu à paralisação. Para mitigar esse problema, a administração municipal está deslocando servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) para auxiliar na limpeza.

A vereadora Kátia Maria (PT) entrou com uma denúncia junto ao Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Conesan-GO) para expor irregularidades na Escola Goiânia Viva. Segundo a parlamentar, há funcionários de outras secretarias trabalhando na cozinha do CMEI Goiânia Viva. De acordo com a vereadora, o trabalho ocorre sem os devidos cuidados, tais quais vestimentas apropriadas.

Muitas das escolas que operam em período integral optaram por ministrar aulas em apenas um dos turnos, o que, na opinião de professores e especialistas em educação, prejudica os alunos e pode afetar também as famílias envolvidas.

O que a prefeitura diz

A Prefeitura de Goiânia segue aberta ao diálogo com os servidores administrativos da Educação. Foi proposto reajustar o auxílio locomoção em 50% e pagar o reajuste da data base em dezembro, bem como discutir um novo plano de carreira a partir de dezembro.

A gestão ressalta que garante, todos os meses, os direitos já adquiridos pelos servidores. Na atual administração, os administrativos foram beneficiados com a criação do auxílio locomoção de R$ 300 e com o pagamento de três datas-bases que estavam em atraso.

Além disso, a administração convocou concursados para reforçar o trabalho da categoria e criou uma comissão para reformular o plano de carreira dos servidores.

A gestão municipal informa que continuará atuando para garantir atendimento nas unidades de ensino, como ocorreu ao longo da semana anterior, uma vez que paralisações podem afetar a rotina dos estudantes e suas famílias.