A retirada de comercialização de produtos alimentícios para correções, chamados de recalls de alimentos, têm se tornado mais frequentes nos últimos anos. Entre os incidentes relatados, podemos citar a falta do percentual mínimo de iodo no sal da marca Carrefour, aditivo vencido na maionese da Fugini, risco de presença de vidro em barras de chocolate Garoto, contaminação por salmonela em produtos importados do Kinder Ovo e a presença de ingredientes potencialmente cancerígenos em picolés e sorvetes Häagen-Dazs.

Esses são apenas alguns exemplos, pois houve uma aceleração significativa no número de recalls de alimentos desde 2022. Entre 1º de janeiro e 5 de julho deste ano, foram realizados 40 recalls no Brasil, em comparação com 43 durante todo o ano passado.

De acordo com um levantamento realizado pelo jornal O Globo, com base nos dados disponíveis no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no período de janeiro de 2018 a julho de 2023, foram registrados 147 recalls de alimentos em todo o país, sendo 61 apenas nos últimos 12 meses.

O que é?

O recall é realizado quando se identifica que um produto representa risco à saúde ou à segurança do consumidor. Na avaliação da Anvisa, o maior engajamento da população em denúncias, bem como o aumento de fiscalizações, podem explicar esse crescimento no número de recalls no Brasil.

No site da Anvisa é possível consultar uma lista de produtos irregulares, por nome, segmento e data.