Real é a segunda moeda que mais perdeu valor em 2024

Entre janeiro e outubro de 2024, o real brasileiro foi a segunda moeda que mais se desvalorizou em relação ao dólar americano, de acordo com dados levantados pela consultoria Elos Ayta. A moeda brasileira registrou uma queda de 16,21% no período, perdendo apenas para o peso argentino, que sofreu uma desvalorização de 18,40%, as informações são do portal Metrópoles

Esse movimento de desvalorização não se restringiu ao real. No ranking de moedas com desempenho inferior ao dólar, a maioria registrou perdas acentuadas. Somente três moedas conseguiram ganhar valor em relação à moeda americana em 2024: o dólar de Hong Kong, a libra esterlina (do Reino Unido) e o rand sul-africano.

No mês de outubro, o real continuou a trajetória de baixa, mantendo-se como a segunda moeda que mais se desvalorizou frente ao dólar. No entanto, o peso chileno liderou as perdas no último mês, ultrapassando o desempenho negativo do real. 

Com a elevação das taxas de juros nos Estados Unidos, o dólar se fortalece, uma vez que investidores globais buscam refúgio em ativos mais seguros, como títulos americanos, reduzindo o fluxo de capital para países emergentes. 

Nesta sexta-feira, 1º, a moeda americana registrou alta em relação ao real, chegando a ser cotada a R$ 5,83 em alguns momentos. O dólar iniciou o mês no patamar de R$ 5,82, com uma alta de 0,77% apenas neste dia. No último dia de outubro, a moeda americana fechou em R$ 5,78, consolidando uma tendência de valorização que se reflete desde o início do ano.

Analistas apontam que diversos fatores contribuem para essa trajetória de desvalorização do real. O cenário global é uma das principais influências, com tensões políticas e econômicas em várias partes do mundo. As eleições americanas, por exemplo, têm gerado apreensão entre investidores devido à possibilidade de mudanças nas políticas econômicas e comerciais do país.

Leia também:

Na Rússia, cúpula do Brics buscará alternativa ao dólar e ao FMI

Por que o brasileiro sente que a economia não vai bem, apesar de melhora dos indicadores?