Goiás possui 880.856 microempreendedores individuais (MEIs). Juntamente com microempresas e empresas de pequeno porte, estes autônomos podem se beneficiar do Programa Acredita, lançado pelo Governo Federal nesta semana. As metas incluem criar condições para aumentar o acesso ao crédito, renegociar dívidas e oferecer mais apoio a estes três setores da economia.

Durante o lançamento do programa, o presidente Lula declarou que, para o desenvolvimento de qualquer sociedade, é crucial que haja oportunidades e acesso ao crédito. “Estamos trabalhando para garantir que todas as pessoas, independentemente de sua quantidade, origem social ou tamanho de seus negócios, tenham acesso ao sistema financeiro e possam obter crédito”, disse, no Palácio do Planalto.

Em todo o Brasil, há mais de 15,6 milhões de Microempreendedores Individuais (MEIs), dos quais 565.758 estão registrados em Goiás. Dentro desse grupo goiano, 316 mil são gerenciados por homens, representando 56%, enquanto 248 mil, ou 44%, são administrados por mulheres.

O estado também exibe um potencial significativo no segmento de microempresas, contando com 278.539 unidades entre as mais de 6,69 milhões registradas no país.

Por fim, o setor de pequenas empresas em Goiás atualmente conta com 36.559 registros, em um total de mais de 1,21 milhão em todo o Brasil que podem se beneficiar do crédito oferecido pelo programa.

A microempreendedora individual Giovanna Cardoso, 24 anos, conta que enfrenta inadimplência desde 2022 devido a um problema no sistema que não registrou sua solicitação de baixa. Com o anúncio do novo programa, Giovanna se mostra entusiasmada com a oportunidade de regularizar sua situação.

“Com a renegociação e a expansão do crédito, parece que a categoria ganha um novo ânimo para seguir em frente com seus negócios”, destaca. A jovem empreendedora percebe que, até agora, os microempreendedores enfrentavam desestímulo e falta de incentivo por parte do governo federal.

“Eu trabalho em casa, oferecendo serviços na área de marketing. Estou na expectativa de que essa situação se altere daqui para frente”, ressalta.

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