O ministro da Fazenda, Fenando Haddad, disse nesta segunda-feira, 13, que o governo federal espera que o Congresso Nacional vote a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária até outubro deste ano. O petista negou a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

A previsão de Haddad leva em consideração a iniciativa do presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Arthur Lira (pP-AL), que montou um grupo de trabalho (GT). O colegiado tem como relator o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (pP-PB). “Ele é um parlamentar excepcional. A expectativa do governo é votar na Câmara entre junho e julho, e de setembro a outubro no Senado”, elogiou.

Da bancada goiana, o representante no grupo é o deputado federal Glaustin da Fokus. O parlamentar é ligado ao setor empresarial.

Em relação ao aumento de impostos, o ministro Haddad enfatizou que o intuito da reforma é não reajustar a carga tributária no país. “Queremos mudar a composição da cesta de tributos”, salientou.

Imposto único

Para o ministro a ideia do imposto único é uma bandeira defendida há décadas, mas que “o Brasil não possa adotar uma solução jabuticaba, mas que seja uma jabuticaba boa. Mas essa daí, tem se mostrado uma mentira”, afirmou, criticando que o governo de Jair Bolsonaro (PL) teria condições de aprovar a reforma tributária, mas não “quis”. “Mas eles estavam obcecados com uma ideia de um imposto único [como uma CPMF, sobre movimentação financeira]”, emendou.