Entenda os benefícios para Goiás após agência de risco aumentar nota do Brasil
26 julho 2023 às 16h36
COMPARTILHAR
Com a elevação de nota do Brasil pela Agência Fitch, que passou de “BB-” para “BB”, serão abertas novas oportunidades de investimentos no país. Essa reclassificação beneficia todos os Estados, especificamente Goiás, por causa da força do agronegócio. É que ressaltam os economistas ouvidos pelo Jornal Opção, Júlio Paschoal e Danilo Orsida, que explicam que a nova pontuação brasileira é bastante positiva para a atração de investimentos internacionais.
Paschoal lembra, por exemplo, que o Estado tem registrado crescimento acima da média nacional e, por isso, deve ficar “no radar” internacional para novos investimentos. “Goiás é extremamente dinâmico cuja a economia assenta basicamente no agronegócio, onde esse representa 25% do nosso PIB e mais de 70% das nossas exportações. Então, havendo uma nota positiva para o país, indiretamente beneficia também Goiás, para investimentos no setor do agronegócio, no setor de energia solar, no setor de laboratórios. Enfim, tudo aquilo que alavanca de certa forma a economia goiana”, salienta.
O especialista enumera as últimas reformas, entre elas a tributária, embora ele aponte algumas contradições, como a mudança de cobrança de origem pelo destino e o aumento da tributação do setor de serviços. Neste momento, Paschoal destaca as novas alterações em aspectos importantes sinalizadas pelo Senado.
“Ao tributar o setor financeiro, não os correntistas, mas os grandes banqueiros, as grandes fortunas etc. Tudo isso de certa forma passa uma posição bastante positiva para o mercado financeiro”, esclarece. “Então a nota BB dá uma certa tranquilidade para que os investidores possam trazer recursos para o país. O ideal seria AA mas a letra BB também dá uma confiança grande no país e que ele está de fato cumprindo com as suas obrigações fiscais sem com isso perder a condição de governar o país”, pontua.
Para Orsida, o aspecto positivo para o Brasil é em relação aos investimentos estrangeiros, uma vez que todos os grandes grupos e investidores avaliam os ‘riscos-países’ com base nas notas de classificação por agências, como o caso da Fintec. “Muitos adotam como parâmetros de informações essas avaliações que são produzidas para o mercado. Portanto, a melhor avaliação que representa a redução de riscos macroeconômicos, os melhores indicadores socioeconômicos do país”, cita.
Notas de crédito
Há mais de 20 notas de crédito que são utilizadas pelas agências de risco. Isto é, os país que estão nos níveis mais altos tem o carimbo de grau de investimento positivo.
Assim, recebem um “selo” de qualidade que garante aos investidores um risco reduzido de calotes.
Leia também:
Agência de risco eleva a nota do Brasil
Reforma tributária: o que pode ser bom para o Brasil tem tudo para não ser para Goiás