Dívida de Goiás cai 75% em seis anos superando ingerência fiscal de governos anteriores

21 janeiro 2025 às 16h31

COMPARTILHAR
De acordo com o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) referente ao 2º quadrimestre de 2024, a Dívida Consolidada Líquida de Goiás atingiu 23,59% da Receita Corrente Líquida ajustada, uma redução de quase 75% em comparação aos mesmos indicadores de 2018, último ano da gestão do PSDB no estado.
Os números revelam que a gestão do governador Ronaldo Caiado (UB) transformou completamente o Estado do ponto de vista fiscal. De um dos piores estados em termos fiscais até o final de 2018, com a dívida multiplicada durante os mandatos do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), Goiás apresenta hoje a menor Dívida Consolidada Líquida (DCL) já registrada em sua história.
A DCL de Goiás foi apurada pela equação Dívida Consolidada Bruta (R$ 26,85 bilhões) subtraída pela Disponibilidade de Caixa atual (R$ 17 bilhões). A redução da DCL foi de 74,41% entre dezembro de 2018 e outubro de 2024, caindo de R$ 19,6 bilhões para R$ 9,6 bilhões. Em seis anos de gestão Caiado, a dívida foi reduzida em R$ 10 bilhões.
Segundo o relatório, Goiás é atualmente o estado com o maior índice de liquidez entre todos os entes da federação, ocupando o 1º lugar neste quesito no Ranking de Competitividade dos Estados, estudo elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), divulgado no fim do ano passado.
Esse resultado foi possível porque a gestão liderada pelo governador apostou no controle de despesas e no aumento substancial da disponibilidade de caixa, impulsionado pelo aumento da receita. Além disso, o governo não contratou novos empréstimos.
Herança fiscal
A Dívida Consolidada de Goiás, ou seja, as dívidas com prazo para amortização superior a 12 meses, teve um crescimento exponencial entre os anos 2000 e 2018, superando 130%. Nesse período, a dívida aumentou em mais de R$ 11 bilhões.
Em 2000, no segundo ano do primeiro mandato de Perillo, Goiás devia cerca de R$ 8,1 bilhões ao Tesouro Nacional e a outras instituições públicas. Ao final de 2018, a dívida havia atingido R$ 19,6 bilhões, o que representava, na época, 92,19% da Receita Corrente Líquida.
Até o início da reestruturação da dívida, que culminou na adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), Goiás figurava entre os quatro piores estados em situação fiscal do Brasil, ao lado do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Leia também: