Deputado defende legalização das drogas e jogos de azar como novas alternativas de arrecadação

Durante as últimas semanas, a taxação de compras online e a regulamentação foram dois assuntos que se tornaram uma “dor de cabeça” para o Governo Federal. Com o objetivo de expandir a arrecadação, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu apostar em novas áreas para alimentar a máquina pública. Entretanto, após uma recepção negativa da sociedade brasileira, a ideia de novas taxas para aquisições pela internet caiu por terra.

Independente das polêmicas envolvendo os processos de taxação, o deputado estadual Mauro Rubem (PT) ressaltou que é necessário que o Governo repense formas de financiar o Estado. O parlamentar, considerado um dos principais nomes do partido em Goiás, ainda defendeu que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) busque novas alternativas de arrecadação.

“São questões novas para o processo da humanidade”, contou Rubem, em entrevista para o Jornal Opção. “Antigamente o varejo era físico e hoje é pela internet. Agora também existe um novo entretenimento dos sites de apostas, tudo isso está no radar. Conforme a sociedade muda, é necessário que o Governo mude a forma de bancar o Estado”, completou.

Por outro lado, o deputado estadual ainda defendeu a descriminalização e regulamentação de dois campos que são considerados “tabu” no Brasil: drogas e jogos de azar. Segundo ele, essas duas áreas se encaixam perfeitamente na sua defesa para novas alternativas de arrecadação. Fora que geraria um controle maior em tais setores, coibindo a parte criminal.

“Sou muito favorável à descriminalização de todas as áreas que são criminalizadas, como jogos de azar e as drogas, principalmente a maconha. Por exemplo, na questão dos entorpecentes, temos problemas seríssimos causados pela ‘guerra às drogas’, com muitas pessoas sofrendo. Defendo o que diversos países estão fazendo, principalmente na parte de liberação para o uso medicinal”, explicou o parlamentar.

Para o petista, um processo de regularização ainda pode gerar para o país. Principalmente a produção de maconha e de outros subprodutos, como o canabidiol. Atualmente a substância química presente na Cannabis sativa pode ser útil para o tratamento de diversos problemas de saúde, incluindo Alzheimer e Parkinson, além de dores consideradas crônicas.