O consumo de música tem aumentado globalmente, especialmente no Brasil. O tempo médio de consumo de música no mundo atingiu um novo recorde: 20,7 horas por semana. Os brasileiros, no entanto, superam a média mundial, com 24,9 horas semanais ouvindo música. Os dados foram revelados pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) (confira a pesquisa completa aqui).

No mundo, a maioria acredita que as opções para ouvir música nunca foram tão vastas, com 79% concordando que há mais formas disponíveis em comparação a 2022. Os dados mostram que as pessoas, em média, utilizam mais de sete métodos distintos para interagir com a música.

Essa tendência é ainda mais acentuada no Brasil, onde 82% do público considera que há mais formas de ouvir música do que nunca. Os brasileiros se destacam, utilizando em média nove métodos diferentes para consumir sua música favorita.

Inteligência Artificial e Música: Uma Perspectiva Global

A pesquisa também abordou a percepção global sobre a relação entre a inteligência artificial (IA) e a criação musical. Em escala mundial, 79% concordam que a criatividade humana é essencial para a produção musical. No Brasil, essa cifra é ainda mais expressiva, atingindo 85%.

Quando se trata do uso da IA para clonar ou personificar artistas sem autorização, há uma preocupação compartilhada. Globalmente, 74% das pessoas que conhecem as capacidades musicais da IA afirmam que ela não deve ser usada para tal finalidade. No Brasil, 70% dos consumidores de música compartilham dessa opinião.

Explorando Gêneros Musicais: Brasil na Vanguarda

Em relação à diversidade de gêneros musicais, os fãs ao redor do mundo ouvem, em média, mais de oito estilos diferentes. No entanto, no Brasil, a paleta sonora é ainda mais ampla, com os brasileiros desfrutando de mais de 10 gêneros musicais distintos, em média.

Pirataria e consumo de música

O acesso facilitado por meio de várias plataformas e métodos diferentes certamente contribui para esse aumento. Segundo o estudo apontou, a taxa relativamente alta de consumo ilegal de música no Brasil é uma preocupação, pois pode impactar negativamente a indústria fonográfica e os artistas.

O crescimento do streaming e a diversificação dos métodos de consumo refletem uma mudança significativa na forma como as pessoas experimentam e acessam a música. Essa tendência também destaca a importância de adaptação da indústria para atender às demandas e preferências dos consumidores modernos.

A situação do Brasil, com nove métodos em média por pessoa, sugere uma ampla aceitação e adoção de várias formas de consumo de música. Isso pode estar relacionado à diversidade cultural do país e ao papel central que a música desempenha na vida cotidiana dos brasileiros. A questão da pirataria musical, no entanto, é um desafio que a indústria enfrenta globalmente. A taxa de 47% de consumidores brasileiros que ouvem músicas ilegalmente destaca a necessidade de estratégias mais eficazes para combater a pirataria e educar o público sobre os impactos negativos dessa prática.