O amor pode fazer nosso coração bater mais forte. Mas, e as pessoas com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)? Será que elas também se apaixonam? 

De acordo com a neuropsicóloga Nathalie Gudayol, o TDAH não impede as pessoas de se apaixonarem. Para muitas pessoas com TDAH, a busca por estímulos é constante. Isso pode se manifestar também nos relacionamentos amorosos, onde a paixão traz uma dose extra de emoção e excitação. 

O TDAH acaba levando em uma maior intensidade nas emoções e sentimentos, tornando a paixão uma experiência ainda mais avassaladora.

A pesquisadora explica que é importante distinguir a paixão genuína da busca por novos estímulos, que é comum para quem tem TDAH, “É essencial observar se há prazer e envolvimento emocional em outras áreas da vida. Se mesmo ao explorar outras atividades e experiências, a pessoa não consegue tirar a pessoa amada da cabeça, é provável que seja realmente paixão”, diz.

Conviver com o TDAH significa lidar com pensamentos acelerados. Nathalie diz que é fundamental acompanhar os sentimentos e emoções, percebendo se há uma conexão profunda e duradoura. “A paixão pode ser intensa no início, mas a verdadeira ligação emocional se estabelece com o tempo e é capaz de superar as flutuações do TDAH”, afirma Gudayol.

Apesar do TDAH trazer desafios únicos para quem se apaixona. É possível experimentar conexões profundas e duradouras, desde que sejam acompanhadas de autoconhecimento e compreensão.